Por Sheila Borges, da coluna Pinga-fogo, do Jornal do Commercio desta sexta-feira (3) Independentemente dos resultados das pesquisas, sempre criticados pelos candidatos (e seus correligionários) que estão em situação desfavorável, o fato é que, se a oposição em Pernambuco tivesse lançado duas candidaturas a governador, o cenário hoje poderia ser bem diferente.

Na pré-campanha, havia um debate se o PT deveria ou não se unir ao PTB logo no início.

Os petistas estavam divididos, mas a cúpula nacional trabalhou pela aliança com Armando Monteiro no 1º turno.

Com esse indicativo, o PT estadual deliberou pela coligação.

Abortou a alternativa de candidatura própria.

O nome mais forte era o de João Paulo, hoje candidato ao Senado.

Na época, o PT e o PTB preferiram apostar no casamento à primeira vista.

Avaliaram que o nome de Paulo Câmara não teria força, mesmo com o PSB no comando de duas máquinas públicas: o governo estadual e a Prefeitura do Recife.

Até porque, naquela fase, acreditava-se que o líder maior do grupo, Eduardo Campos, estaria tão envolvido com a própria campanha presidencial que não teria tempo para tratar do cenário local.

Mas o imponderável ocorreu.

Ele morreu e o PSB usou a tragédia para emocionar.

Conseguiu.

Hoje, quem se sagrar vitorioso leva a fatura no 1º turno.

Com três candidaturas competitivas, seria mais difícil.

Agora, a situação de Armando é delicada.

Mas uma eleição só se decide no dia.