Empatadas tecnicamente a três dias das eleições, Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) conseguiram manter o índice de rejeição estável em Pernambuco.
Enquanto a presidente cresceu um ponto no levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN/JC) divulgado nesta quinta-feira (2), o último antes da votação, atingindo 24%, Marina continuou com 17%.
A maior rejeição de Dilma é justamente nas áreas onde Marina está mais bem posicionada: Recife (24%) e Zona da Mata (34%).
O contrário também se confirma, já que Marina aparece com as maiores taxas de rejeição no Sertão (23%) e no Sertão do São Francisco (29%).
Em relação à pergunta sobre qual é o candidato que têm medo que seja eleito, 36% dos eleitores pernambucanos que recebem a partir de cinco salários mínimos responderam ser Dilma.
Entre os que têm ensino superior, a situação é de empate técnico (22% a 19%).
Apesar de ter apresentado um decréscimo nas intenções de voto dos eleitores pernambucanos, Aécio Neves (PSDB) conseguiu diminuir a rejeição em três porcento.
Quinze porcento dos entrevistados declararam ter medo que ele fosse eleito.
Pastor Everaldo (PSC) é rejeitado por 3%, Eduardo Jorge (PV) por 2% e os outros candidatos por 1%.
CONFIANÇA, ADMIRAÇÃO E PREPARO - Ao mesmo tempo em que é a candidata que tem a maior rejeição - embora a porcentagem esteja próximo à de Marina -, Dilma é a que tem a maior confiança dos eleitores pernambucanos, segundo a pesquisa.
Quarenta e um porcento das pessoas responderam que confiam na presidente e 38%, em Marina.
O mesmo quadro é para a admiração (40% para Dilma e 38% para Marina) e para os postulantes considerados mais preparados para ocupar o cargo (43% para a petista e 40% para a socialista).
GOVERNO DILMA - A poucos dias das eleições, a aprovação do governo Dilma também não oscilou em Pernambuco.
Tanto esse índice quanto o oposto, de eleitores que desaprovam a gestão, cresceram apenas 1%, dentro da margem de erro.
Na pesquisa divulgada nesta quinta-feira, a aprovação é de 53% e a desaprovação é de 44%.
A maior parte do eleitorado do Estado, 29%, considera o governo regular.
No entanto, para 47%, se não for eleita, ela não deixará saudades ao deixar o governo.
Assim, os eleitores estão divididos entre votar na presidente ou na oposição - 42% querem votar nela e 40% nos adversários.
O País mudou para melhor segundo 63% dos entrevistados, dos quais 63,7% afirmaram que Dilma poderá continuar esse processo.
Mas Marina foi citada por 27,4%.
LULA - Se Eduardo Campos foi lembrado por 71,4% dos entrevistados como o principal responsável por melhorias no Estado, o nome escolhido como responsável pelas mudanças no País é Lula (PT), que já não está no poder há 4 anos.
A também petista Dilma foi lembrada por 17,5% e Fernando Henrique Cardoso (PMDB), por 1,6%.
DADOS DA PESQUISA - As entrevistas foram realizadas entre os dias 22 e 23 de setembro, essas segunda (22) e terça-feira (23).
Ao todo, 2.480 pessoas foram entrevistadas.
O nível de confiança é de 95%.
Na Justiça Eleitoral, a pesquisa foi registrada sob o número PE-00028/2014, no dia 18 deste mês.