Em Pernambuco, as candidatas a presidente da República Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) não conseguiram reverter o empate técnico nas intenções de voto.

Esse é o cenário do último levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN/JC) antes da votação, divulgado nesta quinta-feira (2).

Dilma não apresentou oscilação, mantendo os 43% das intenções de voto já obtidos na última análise, do dia 25.

Já Marina conseguiu subir apenas um ponto, passando para 41%.

A margem de erro é de 2% para mais ou para menos.

Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem Ainda contrariando o cenário nacional a esta altura do processo eleitoral, Aécio Neves (PSDB), que havia subido um ponto na última pesquisa, voltou a cair - passou de 4% para 3%.

O candidato mineiro usou o fato de Minas Gerais ter perdido a fábrica da Fiat para Pernambuco para criticar o PT esta semana, mas a fala do tucano não deve ter influenciado o resultado.

Mesmo visitando Pernambuco para comícios no Recife e em Caruaru nessa segunda (29), primeiro dia da pesquisa, Marina Silva não conseguiu mudar o cenário no Estado, em relação aos números da última pesquisa, divulgada no dia 25 de setembro.

Foto: Reprodução do Facebook de Marina Silva Luciana Genro (PSOL), candidata que esteve em Pernambuco na semana passada e tem chamado atenção nos debates, alcançou 1% das intenções de voto.

Pastor Everaldo (PSC), que estava com um ponto, além de Eduardo Jorge (PV), Levy Fidelix (PRTB), Zé Maria (PSTU), Mauro Iasi (PCB), Rui Costa Pimenta (PCO) e Eymael (PSDC), não chegam sequer a essa porcentagem.

As intenções de voto brancos e nulos se mantiveram em 5% e os que não responderam continuaram em 7%.

Nos últimos dias, a estratégia é tentar convencer esses eleitores.

Esse cenário apontaria que, se fosse por Pernambuco, a disputa presidencial iria para o segundo turno.

Entre os votos válidos, em que são descontados os brancos e nulos, Dilma teria 49% e Marina, 46%.

Aécio teria 3% e os outros candidatos somariam 1%.

No entanto, o Estado tem mais de 6,3 milhões de eleitores e não é dos maiores colégios eleitorais nacionais.

GRUPOS - Como nas pesquisas anteriores, Marina continua na frente na Região Metropolitana do Recife e na Zona da Mata, quadro que Dilma consegue reverter no Agreste e no Sertão.

O destaque está no Sertão, região onde a presidente candidata à reeleição tem 72%, enquanto a sua principal adversária tem 22%.

Já na capital, a socialista aparece com nove pontos de diferença em relação à petista - 45% a 36%.

O cenário também é o mesmo em relação à renda e à faixa etária dos eleitores: Dilma vence entre os que ganham até um salário mínimo (44% a 39%) e perde entre os que recebem acima de cinco salários (39% a 43%, de Marina).

A petista tem mais intenções de voto entre os eleitores com menor grau de instrução.

Cinquenta e dois porcento dos que estudaram até o terceiro ano do ensino fundamental escolheram a presidente, enquanto 32% declararam que vão votar em Marina.

A socialista tem 46% das intenções entre os que terminaram o ensino médio e Dilma tem 37%.

Entre os que concluíram o ensino superior, há empate técnico (40% a 39%).

A única faixa etária em que Dilma perde é entre 16 a 24 anos (36% a 45%).

Essa é a mesma faixa dos jovens que participaram dos protestos do ano passado, pedindo melhorias nos serviços de educação e saúde.

DESCONHECIMENTO - Após quase quatro anos de mandato no Palácio no Planalto e três meses de campanha, 40% dos eleitores pernambucanos ainda afirmaram conhecer pouco a presidente.

O índice em relação a Marina Silva é de 52%.

Dezessete porcento nunca ouviram falar de Aécio Neves.

DADOS - Foram entrevistados 2.480 eleitores pernambucanos, nessas segunda (29) e terça-feira (30).

A pesquisa foi registrada junto à Justiça Eleitoral, sob os números PE-00035/2014 e BR-00924/2014, no dia 26 de setembro.

O levantamento tem 95% de confiança e foi encomendado pelo Portal Leia Já, em parceria com o Jornal do Commercio.