O PSDB em Minas começou a atacar Fernando Pimentel, do PT, usando a Fiat, por conta da fábrica que está sendo instalada em Goiana, Pernambuco.

Os tucanos mineiros terão mais motivos para ciumeira.

Recife vem atraindo e chamando a atenção de grandes empresas nacionais e internacionais.

O grupo Fiat Chrysler já anunciou a instalação de um centro de tecnologia automotiva na cidade e o gigante Google afirmou que a capital pernambucana é um dos melhores mercados para se investir em TI no Brasil.

Em vídeo da campanha de Pimenta da Veiga, do PSDB, o narrador diz que a vinda de nova fábrica para Pernambuco foi culpa de Pimentel, quando ministro Mas não passou pelo Ministério do Desenvolvimento a decisão de fábrica da montadora no Brasil.

Foi decisão dos executivos na carona pela guerra fiscal entre Minas e Pernambuco do então governador Eduardo Campos, que deu mais incentivos fiscais.

Em um vídeo da campanha de Pimenta da Veiga ao governo do Estado, o partido diz que os mineiros perderam investimentos e empregos que seriam gerados por uma nova fábrica da Fiat, porque o grupo italiano decidiu transferir o empreendimento para Pernambuco, devido a gestões do então presidente Lula (PT). “Você vai ver como o candidato do PT, Fernando Pimentel, ex-ministro do desenvolvimento de Dilma virou as costas para Minas Gerais”, diz a apresentadora.

Segundo reportagem do site do Valor, o programa causou “grande desconforto” à companhia. “A gente lamenta estar sendo usado no meio desse tiroteio eleitoral”, disse um executivo.

A Fiat encaminhou para a direção do PSDB em Minas Gerais uma reclamação sobre o uso de uma imagem na “guerra” contra o PT no Estado.

PT retirou empregos e investimentos de Minas?

Não foi só na TV.

Em ato de campanha na noite de segunda-feira (30/09), em Belo Horizonte (MG), o candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, acusou o PT de retirar de Minas Gerais milhares de empregos e cerca de R$ 3 bilhões em investimentos que seriam levados por uma nova unidade da Fiat, que acabou sendo trazida para Pernambuco.

Aécio lembrou ser a favor da descentralização do parque automotivo brasileiro, mas acrescentou que o projeto da automobilística, em especial, já estava assegurado para o município de Betim (MG), onde a Fiat instalou sua primeira fábrica no país, em 1976. “A grande verdade é que esses investimentos saíram daqui pela ação do governo federal do PT, sem que houvesse uma reação sequer das lideranças do PT de Minas Gerais; sem que houvesse uma palavra de solidariedade a Minas por parte dessas lideranças, em especial daquele que hoje disputa o governo de Estado”, afirmou, referindo-se ao ex-ministro Fernando Pimentel.

Aécio Neves disse que, como governador de Minas, conduziu negociações com o presidente mundial da Fiat, [SERGIO]Marchionne, para que a instalação da unidade da empresa ocorresse no Estado. “Isso tudo foi acertado, os protocolos foram assinados, e o PT, no apagar das luzes do governo do presidente anterior, optou por criar condições para levá-la para outro Estado da Federação”, afirmou o candidato.

Entenda a polêmica, na ótica tucana No final de 2010, o então presidente Lula editou a medida provisória 512, concedendo incentivos fiscais a empresas automobilísticas que se instalassem no Norte, Nordeste ou Centro-Oeste do país.

A manobra acabou retirando a nova unidade da Fiat de Minas, contrariando acordo firmado entre a empresa e o então governador Aécio Neves.

Em 2011, já como parlamentar, o senador Aécio Neves apresentou emenda à MP 512 estendendo os benefícios fiscais municípios do semiárido mineiro e capixaba.

A proposta, aprovada no Congresso, foi vetada pela presidente Dilma Rousseff e pelo então ministro do Desenvolvimento Econômico Fernando Pimentel. “Conseguimos aprovar isso contra a vontade do governo”, diz. “O que ocorreu?

A presidente Dilma Rousseff vetou esses benefícios para as regiões mais pobres de Minas Gerais, mas ela não estava sozinha nesse veto.

Está publicado no Diário Oficial.

Acompanhava a presidente nesse veto o então ministro do Desenvolvimento Econômico.

Ele assinou o veto que impediu que as regiões mais pobres de Minas Gerais recebessem esses investimentos e, portanto, empregos para a nossa gente.” Aécio Meves não reclamou apenas da MP 512. “Outra injustiça aconteceu na MP 615, que concedeu incentivos a produtores de cana de açúcar nos Estados nordestinos, deixando milhares de pequenos produtores do semiárido mineiro de fora.

A proposta foi aprovada pela base governista em setembro.

Em 2011, Minas ficou de fora da MP 540, que garantia isenção de 75% do imposto de renda para empresas que se instalassem ou ampliassem sua atuação na área da Sudene.

No entanto, por meio de emendas de Aécio, a região mais pobre de Minas foi incluída nos benefícios”.