No início da madrugada desta quarta-feira (24), foi ao ar a entrevista concedida pela candidata do PSOL à Presidência, Luciana Genro, ao programa Agora é Tarde, do humorista Rafinha Bastos.
Na sabatina, que ganhou destaque nas redes sociais e levou o nome de Luciana aos Trending Topics do Twitter, a presidenciável reforçou a necessidade de se manter coerente e fiel às necessidades do povo: “Eu não quero ganhar a qualquer custo.
Eu acho que não adianta vencer a eleição e não poder fazer as transformações necessárias”, disse ela, destacando que repudia atalhos para o poder como os usados pelo PT e por Marina Silva, que se aliaram a setores reacionários e oligarquias políticas em troca da viabilidade eleitoral.
Questionada sobre sua defesa de bandeiras que contrariam posições conservadoras, como a descriminalização das drogas e do aborto, Luciana ressaltou a necessidade de fazer um debate nacional produtivo e maduro sobre essas questões. “Esses temas que estou defendendo são mal debatidos, então há uma visão distorcida sobre cada um deles.
Por exemplo, no caso do aborto, ninguém é a favor do aborto, ninguém quer usar o aborto como método contraceptivo.
Acontece que milhares de mulheres morrem todos os anos vítimas de aborto clandestino, como duas que agora foram notícia.
Então, o aborto é uma realidade.
Como o Estado lida com isso?
Respeitando as religiões, e aí cada um decide o que faz, de acordo com sua crença, mas o Estado oferecendo um acolhimento a essa mulher”, explicou a candidata.