Idoso teve parada cardíaca em Petrolina e morreu por falta de maca do Samu.

Foto: A Voz do São Francisco.

Com informações do Blog da Josélia Um homem morreu em Petrolina por falta de uma maca do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

O feirante Sebastião Macedo, 68 anos, teve uma parada cardíaca e esperou por mais de 45 minutos a chegada da ambulância até ser levado em um carrinho de mão até uma unidade de saúde.

Desde o início da terça-feira (23), o feirante Sebastião Macedo se queixava de dores no peito, à tarde a dor se intensificou e o idoso precisou ser socorrido pelos feirantes, mas não resistiu à demora.

Diante do quadro do idoso, os comerciantes do local entraram em contato com o Samu, mas órgão informou que não poderia prestar o socorro por falta de uma maca na ambulância.

Na unidade de saúde, o médico e vereador de Petrolina, Pérsio Antunes (PMDB), atendeu o idoso, mas nada pôde fazer.

Indignado com a negligência, o vereador expôs a situação na Câmara Municipal. “Eu estava de plantão na AME Areia Branca atendendo no planejamento familiar quando deu entrada na unidade um paciente em parada cardíaca.

Tentamos massagem cardíaca e respiração boca a boca, num senhor de 68 anos, que tinha tido tuberculose.

Fizemos uma atitude que poucos poderiam fazer: respiração boca a boca em um paciente que já teve tuberculose porque não tinha o material suficiente para tentar salvar a vida desse senhor”, descreveu o médico.

O presidente da Associação de Feirantes da Areia Branca, Sinval Damas, explicou que o idoso não tinha família e “morava” na feira. “Ele estava passando mal e a gente tentou ligar para o Samu.

Eles não atenderam, disseram que não tinha maca na ambulância e o cidadão acabou morrendo por falta de atendimento”, explicou.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde explica que as macas do Samu estão retidas no Hospital Universitário.

A coordenação do Samu informou ainda que enviará um ofício à direção do hospital solicitando a liberação das macas do serviço para que a população não fique desassistida.