O publicitário Marcelo Teixeira, um dos sócios da Markplan, agência de marketing político, programou para esta quinta-feira a divulgação de suas previsões sobre as eleições dos deputados federais em Pernambuco, a exemplo do que faz todos os anos.

No mesmo dia, sai a edição mais recente da pesquisa da Nassau, sobre o governo do Estado.

A pesquisa sobre as eleições para o Senado sai no sábado, no JC.

Sobre as eleições locais, o marqueteiro não tem papas na língua e defende abertamente que Paulo Câmara vai se eleger.

Na semana passada, o publicitário já falava que o socialista apareceria com uma margem de 10% nas pesquisas.

Na sua avaliação, uma das estratégias mais eficientes foi apresentar o petebista como anti-Eduardo. “Aquela fala de Paulo Câmara no debate da TV Jornal reclamando de botar mau gosto foi a senha, para colocar a pecha de candidato contra Eduardo Campos”.

Coincidência ou não, o prefeito Geraldo Júlio, do PSB, tem batido nesta tecla, e levado bordoada dos aliados do PTB em troca, como o prefeito de garanhuns, Izaías Regis, aliado de Armando Monteiro.

Além de erros de estratégia na campanha, o marqueteiro aponta que Armando Monteiro vai acabar repetindo Jarbas Vasconcelos, em sua disputa com o socialista Eduardo Campos, quando obteve a reeleição. “Naquela eleição, nenhum instituto previu que ele teria menos de 600 mil votos.

Jarbas perdeu até para a soma dos dois deputados mais votados (Ana Arraes e Eduardo da Fonte, com cerca de 300 mil cada um).

O que fez esta diferença foi a quantidade de deputados federais de cada lado.

Nestas eleições, vai ter um exército do lado de Paulo Câmara.

Do lado, de Armando Monteiro, um número bastante menor.

Isto faz a diferença.

Contra Eduardo, Jarbas contava só com o pelotão do 14 RI.

Eduardo, tinha um exército nas ruas, contava com as forças armadas completas. É o que vai acontecer novamente.

Armando Monteiro não tem quem faça este serviço e não vai jogar dinheiro fora.

No dia da votação, em favor de Paulo Câmara, isto pode representar uma diferença de até 10% na votação final”, defende.