Foto: Reprodução TV Globo A presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, participou de debate no telejornal matutino da TV Globo, “Bom Dia, Brasil”, exibido nesta segunda-feira (22) e falou sobre o escândalo da Petrobras, que veio à tona com o depoimento de delação premiada do ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa.
Perguntada sobre o processo de indicação de Paulo Roberto ao cargo de diretor, Dilma disse que ela foi feita com base no currículo do funcionário, que já tinha 30 anos de carreira na Petrobras. “A descoberta de que ele fez isso foi uma surpresa para mim.
Se eu soubesse que ele era corrupto, estaria imediatamente demitido”, disse a presidente que concluiu: “Eu não compactuo com corrupção e eu tenho uma carreira política que demonstra isto”.
Paulo Roberto Costa era diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras e está preso desde março, quando foi detido durante a operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF).
No último dia 06 de setembro, a revista Veja publicou uma lista com nomes de políticos da base aliada do PT que teriam sido citados por Costa no seu depoimento de delação premiada.
Os políticos estariam envolvidos em um esquema de desvio de verbas da estatal.
Leia também: Lista de nome delatados por ex-diretor da Petrobras inclui presidente da Câmara, Senado e até Eduardo Campos A presidente ainda defendeu o papel da PF nas gestões do PT para se defender das acusações e de casos concretos de corrupção, frequentes nos mandatos encabeçados pelo partido.
Dilma disse que estes escândalos só aparecem porque, depois do PT, a PF adquiriu autonomia. “Hoje, se ela (a PF) tiver indícios, ela vai investigar, doa a quem doer.
Não vai para debaixo dos tapetes.
E não é investigar no sentido jornalístico da história. É preciso punir”, pontuou a presidente.