Foto: Agência Brasil Com informações da Os candidatos a vice nas chapas tucana e socialista à Presidência da República, Aloysio Nunes (PSDB) e Beto Albuquerque (PSB), usaram o erro do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), divulgado nessa sexta-feira (19), para criticar o governo petista.

Aloysio Nunes afirmou que o erro é resultado do aparelhamento dos órgãos públicos pelo governo da presidente Dilma Rousseff (PT). “É mais um parentesco do Dilmismo com o Kirchnerismo”, ironizou, referindo-se à presidente da Argentina, Cristina Kirchner.

Indagado se caberia ao governo a demissão da presidente do IBGE, Wasmália Bivar, Nunes foi sucinto: “Acho que tem que tirar é o governo.” Foto: Gustavo Lima/Agência Câmara Do lado socialista, a alfinetada foi de Beto Albuquerque. “(O erro retrata) o tipo de governo atrasado que tem medo de encarar a realidade como ela é e prefere prestigiar o Brasil hollywoodiano que está na propaganda eleitoral do governo do PT”, afirmou.

O candidato lembrou ainda do recente erro do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) na pesquisa sobre a tolerância social à violência e comparou as falhas às contabilidades criativas feitas pelo governo para cumprir as metas fiscais no superávit primário. “Do governo da presidente Dilma eu não me surpreendo mais nada e até as instituições de pesquisa como Ipea e o IBGE são guindadas a fórceps a alterar dados.

Não bastava o Arno Augustin (secretário do tesouro) a alterar a contabilidade do governo, agora os institutos de pesquisa estão nessa”, acusou.

ENTENDA - O IBGE confirmou erros na Pnad, divulgada na quinta-feira (18), um dia depois.

Alterações no levantamento ocorreram em sete estados - Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.

As maiores mudanças ocorreram no índice de Gini, que mede a desigualdade.

Antes, o índice de Gini a partir da renda do trabalho apontava um resultado de 0,498 em 2013, contra 0,496 em 2012.

Agora, o índice de 2013 foi revisado para 0,495.

O Índice de Gini calculado a partir da renda domiciliar passou de 0,499 em 2012 para 0,497 em 2013, com a revisão.

Já o índice calculado a partir da renda total caiu de 0,505 em 2012 para 0 501 no novo dado. “No índice da renda total, houve queda (da desigualdade).

Nos outros, houve estabilidade”, afirmou Maria Lucia Vieira, gerente da Pnad. “A pesquisa continha erros extremamente graves.

Nos cabe pedir desculpas a toda sociedade brasileira”, disse a presidente do IBGE, Wasmália Bivar, em tom de desabafo.