Paulo Roberto Costa ao lado da advogada preferiu ficar em silêncio.
Foto: Agência Senado.
Com o silêncio do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa durante o depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista, nesta quarta-feira (17), criou-se um embate entre parlamentares da oposição e aliados do governo.
Tucanos e democratas partiram para o ataque contrao governo federal e disseram que “a corrupção na Petrobras é, na verdade, uma continuidade do mensalão”.
O líder do DEM na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho, disse que a principal estatal brasileira se transformou numa “casa de negócios” para financiar partidos políticos. “A Estatal está sendo assaltada.
Nosso dever é ir a fundo, investigar todas as denúncias.
Os indícios de graves problemas estão aí e não são de hoje”, disparou o democrata.
O líder do PT no Senado, Humberto Costa, afirmou que o PT mostrou ao longo do processo a intenção de que está interessando em investigar.
Segundo ele, o fato de não haver a possibilidade de ouvir Paulo Roberto agora não significa prejuízo à investigação até porque a Polícia Federal e Ministério Público estão investigando. “Infelizmente o jogo que se faz aqui é o da disputa política.
As imagens da TV senado estão sendo usadas em programas eleitorais.
Os discursos radicais muitas vezes feitos aqui são para uso político”, observou o senador.
ENCAMINHAMENTOS - Os parlamentares fizeram uma votação simbólica e chegaram a conclusão de convocar a contadora Meire Poza, que trabalhou para o doleiro Alberto Youssef, para depor.
Meire relatou, de acordo com a revista Veja, que Youssef, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), circulava com “malas e malas de dinheiro” em esquema de lavagem que teria como destino políticos do PT, PMDB e do PP.
A CPI da Petrobras também aprovou requerimento para ter acesso à cópia dos depoimentosa da contadora na Justiça Federal do Paraná.
A decisão ocorreu ao fim do “testemunho” do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa.