Foto: Agência Brasil Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, prestará depoimento na sessão desta quarta-feira (17) da CPI da Petrobras.

No entanto, Costa não deve falar sobre o assunto que mais interessa em sua participação na CPI: a lista de nomes que teriam sido citados por ele como beneficiários do esquema de desvio de verbas da estatal.

Os benefícios do acordo de delação premiada podem ser anulados caso o ex-diretor fale.

Se o ex-diretor revelar qualquer informação relativa às investigações que correm em sigilo, poderá perder os benefícios da delação premiada (onde informações que ajudem nas investigações são “trocadas” por amenizações nas penas).

Paulo Roberto não pode falar sobre o assunto nem mesmo em uma sessão secreta da CPI.

Leia também: Lista de nome delatados por ex-diretor da Petrobras inclui presidente da Câmara, Senado e até Eduardo Campos Humberto Costa fala sobre possível depoimento de ex-diretor na CPI da Petrobras De acordo com a “Lei do Crime Organizado”, de 2012, todas as informações prestadas pelo réu no depoimento de delação premiada devem ser mantidas em sigilo até a divulgação sentença.

Essa medida visa preservar provas e o andamento das investigações, uma vez que o réu pode sofrer pressões de supostos envolvidos.

Paulo Roberto Costa está preso desde março, quando foi detido pela Polícia Federal na Operação Lava Jato.

A edição do dia 6 de setembro da reista Veja divulgou nomes que teriam sido citados por Costa no seu depoimento de delação premiada.

Deputados, senadores, governadores e um ministro de estado constam entre os mencionados, segundo a revista.