Foto: Roberto Pereira/PSB Por Jamildo Melo, editor do Blog O candidato ao Senado na chapa da Frente Popular, Fernando Bezerra Coelho, do PSB, aproveitou sabatina na rádio JC News, nesta terça-feira, para responder aos ataques da oposição, especialmente relacionadas ao questionamento quanto à propriedade do avião que transportava Eduardo Campos. “Acho uma leviandade.

Estão procurando enlamear a vida de Eduardo Campos depois de morto”, declarou, quando questionado sobre o discurso da oposição, nesta reta final. “Faltando argumento, faltando proposta, na base do desespero e radicalização, querem colocar argumento deste tipo.

Eu esperava que a campanha tivesse um nivel mais elevado”, emendou. “É verdade que a morte ajudou a identificar mais rapidamente quem era o candidato de Eduardo.

Agora … argumentar isto é coisa de quem está querendo justificar a rabeira nas pesquisas”, comentou.

Sem citar quem seriam os eventuais interessados, o ex-ministro da Integração Nacional também criticou uma reportagem do jornal O Globo, do Rio de Janeiro, tratando da operação de antecipação de cerca de R$ 750 milhões da Petrobras para o Governo do Estado, tendo como objeto a redução de custos portuários em Suape, de modo a ajudar o Estado a criar a estrutura para recebimento da Refinaria Abreu e Lima.

O contrato foi assinado pelo governador Eduardo Campos e pelo então diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, depois preso na operação Lava Jato.

O presidente de Suape na época era justamente Fernando Bezerra Coelho, hoje candidato ao Senado. “Estão querendo gerar um fato, mas o contrato foi feito às claras, à luz do dia.

Não foi favor algum da Petrobras para Pernambuco.

Eu desconheço qualquer manifestação contrária da CGU ou TCU.

A Petrobras não está jogando dinheiro fora.

Já o governo de Pernambuco (com a operação) foi poupado de fazer investimentos”, frisou. “No texto, tenta-se vender a operação como algo financeira, em que não se pagou o IOF.

Se fosse este o caso, a quem caberia recolher?

Não é o Estado, não seria Suape. É a Petrobras que pagaria (o IOF devido, se fosse o caso”, observa.

FBC também comentou a ida do ex-diretor da Petrobras à CPI, nesta quarta-feira. “Somos a favor de esclarecimentos.

O problema é que isto se dê a 15 dias das eleições.

Corre-se o risco de que o depoimento seja instrumentalizado” No ar, o ex-ministro da Integração também comentou reportagem do Fantástico, no domingo, em torno de atrasos e supostos desvios nas obras da operação Reconstrução, entre Pernambuco e Alagoas. “Não conheço alocação (de verbas) equivocada em Pernambuco, seja pelo TCU ou CGU.

Todas explicações são dadas.

Agora, realmente tivemos problemas na entrega das escolas, pois as licitações não foram concluídas”, disse.

Na mesma sabatina, FBC deu uma resposta a uma crítica que o oponente João Paulo, candidato ao Senado pelo PT, havia feito a Marina, no dia anterior.

João Paulo disse que Marina representava um risco à democracia, se eleita, pois não contava com um grande partido e uma base aliada. “Trata-se de um discurso raivoso e radical, que lembra 89, contra Lula.

Diziam que ele não tinha preparo, não tinha experiência, não tinha quadros.

Marina vai buscar maioria.

Isto portanto é um discurso velho, com argumentos surrados”.

O socialista também rebateu às criticas de que o PSB teria sido infiel ao PT, ao se lançar na disputa presidencial ou buscar caminho próprio no Estado, longe do PT. “Falar isto é de alguém que acha que a política começou com o PT.

A Frente Popular vem de Pelópidas Silveira e Miguel Arraes.

Todo partido tem o desejo de liderar, de ser o protagonista.

Eduardo Campos, depois de tomar a posição, foi a Dilma comunicar.

Assim, não tem contradição nem ilegitimidade alguma”, frisou.