Em uma agenda no Distrito Federal, neste domingo, Marina Silva ironizouos ataques da presidente Dilma Rousseff e reafirmou a disposição de fazer uma campanha limpa.

Pela tese defendida pela candidata do PSB, ao baixar o nível da disputa a candidata do PT evita debater os problemas criados por ela mesma, em uma gestão cujo legado será a volta da inflação. “A presidente Dilma diz que vai governar da mesma forma e isso nos preocupa, pois o tempo todo ouvimos que o país está com crescimento baixo, que a indústria está sendo reduzida a pó, que inflação está aumentando e os juros estão subindo”, disse Marina. “A presidente Dilma tem responsabilidade pelo governo e não pode comprometer o futuro do país para ganhar a eleição.

Tem de dizer como vai resolver os problemas que ela própria criou”.

Neste domingo, Marina cumpriu agenda de campanha em Brasília.

Pela manhã, ela realizou comício na cidade de Ceilândia, no entorno da capital federal, onde foi recebida pelo candidato ao governo do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), pelo candidato ao Senado, Antônio Regufe (PDT) e por militantes e simpatizantes de sua candidatura.

Marina reiterou seu compromisso com a estabilidade econômica e descartou a adoção de medidas que imponham mais prejuízos a população.

Questionada sobre a meta de inflação e o reajuste dos preços controlados pelo governo, Marina foi enfática: um governo seu terá compromisso com a independência do Banco Central, com uma meta de inflação de 4,5% e corrigirá os preços de modo escalonado, para não onerar o povo. “Isso não será feito de uma vez só, sem critério, no chutômetro”, afirmou, sobre o reajuste das tarifas públicas. “Nós vamos trabalhar para que o Brasil faça o seu dever de casa sem prejuízo das políticas sociais.

Nós vamos resolver os problemas com responsabilidade, fazendo os investimentos estratégicos e mantendo o respeito ao consumidor de energia, que já está com uma conta muito grande”, defendeu, afirmando que o governo espera apenas o resultado das eleições para aumentar as tarifas.

Guerra contra a corrupção Marina e Beto convocaram a população para uma campanha limpa e o debate respeitoso dos problemas do Brasil. “Nesse palanque não tem espaço para a corrupção para o mensalão.

Nesse palanque o quem tem é a verdade”, afirmou Beto. “Nossos adversários perderam a compostura e lançam mentiras contra Marina”, avisou, reiterando que a presidenciável manterá e aperfeiçoará programas sociais como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida. “Eles têm mentido, espalhado boatos.

Estão desesperados”, afirmou Marina.

Em seu discurso, ela enfatizou que não pretende governar sozinha que espera construir uma bancada forte no Congresso Nacional para botar projetos de interesse da população. “A gente não ganha eleição sozinho”, afirmou. “Vamos mostrar que a nova política começa em nós mesmos, não estamos na luta do poder pelo poder”.

Veja a nota de repúdio divulgada neste domingo A Coligação Unidos pelo Brasil vem a público repudiar de forma veemente o uso criminoso e indevido da imagem de Marina Silva em panfletos de cunho homofóbico e amplamente discriminatório, assinados com o CNPJ da campanha de Édino Fonseca, candidato a deputado estadual pelo partido PEN/RJ, que cita também Ezequiel Teixeira, candidato a deputado federal pelo Solidariedade/RJ.

A Coligação vai acionar a Justiça para a busca e apreensão, bem como proibição de distribuição do material, que estimula o ódio e a violência contra pautas diferenciadas dos movimentos feminista e negro.

O programa de governo da candidata à Presidência Marina Silva não deixa dúvidas quanto à cultura de paz e de garantia ampla dos direitos humanos: “Não podemos mais permitir que a dignidade das minorias sexuais continue sendo violada em nome do preconceito. É preciso olhar com respeito os grupos hoje discriminados.” O programa aponta como fundamentais políticas, leis e programas destinados a reparar injustiças históricas e a aproximar, cada vez mais, a cidadania cotidiana da definida como ideal pela sociedade em sua lei maior.