Foto: Alexandre Albuquerque/PTB Apesar de não ter comparecido ao debate realizado pela Rádio Cultura de Caruaru, nesta sexta-feira (12) o ex-secretário da Fazenda Paulo Câmara (PSB) virou o principal alvo das críticas dos demais candidatos, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) e Zé Gomes Neto (PSOL). “O candidato foge do debate. É um candidato que só funciona nos estúdios.

Ele teme o confronto, teme o contraditório”, bateu Armando Monteiro, tecnicamente empatado com Câmara segundo a pesquisa do Instituto Maurício de Nassau divulgada em parceria com o Jornal do Commercio nessa quinta-feira (11). “Isso tudo representa um despreparo para a vida democrática”, disse o petebista, que classificou o adversário como um “candidato criado artificialmente” e “alguém preparado apenas para a televisão”.

As críticas foram endossadas pelo candidato do PSOL. “Demonstra a falta de interesse de debater com a população de pernambuco.

Inclusive de defender esse modelo que está aí em Pernambuco”, disse Zé Gomes.

Foto: Alexandre Albuquerque/PTB À rádio, a equipe de campanha de Paulo Câmara justificou a ausência com o fato de intensifar a campanha depois de o período de luto em função da morte do ex-governador Eduardo Campos, há um mês. “Infelizmente, a tragédia do dia 13 de agosto, levou a suspensão da nossa agenda por 10 dias.

Tivemos que rearrumar os compromissos de Paulo Câmara.

Diante disso, ficou impossível nossa participação no debate”, afirmou em nota.

A agenda do socialista mostra passagens pelas cidades de Timbaúba, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista na manhã desta sexta.

O debate havia sido marcado desde o dia 15 de julho.

O não comparecimento de Câmara também abriu espaço para que os adversários batessem no Governo do Estado; cuja gestão promete dar continuidade.

As principais críticas foram direcionadas à área de segurança pública. “COMADRES” - Durante o debate, Zé Gomes foi questionado se estava fazendo um “debate de comadres”, por não atacar Armando com a mesma dureza com que o faz em relação a Paulo Câmara. “A ausência é atrevida”, respondeu de pronto, para justificar as críticas ao socialista.

Em seguida, Zé Gomes afirmou que fazia mais cobranças ao ex-secretário porque ele representa a gestão atual.

Mas lembrou que o projeto do PTB é muito similar ao do PSB e disse que Armando é o “candidato oficioso” da situação.