Local onde aconteceu o acidente com o candidato Eduardo Campos e outros seis assessores.
Foto: AFP Passado quase um mês da morte do ex-governador Eduardo Campos (PSB), o advogado Antônio Campos, irmão do político, defende que as indenizações pelo acidente que matou Campos sejam pagas pela empresa americana Cessna, fabricante do avião, e pela seguradora Bradesco.
Em nota enviada ao Blog de Jamildo, o advogado afirma que uma apólice da seguradora cobre danos a terceiros.
Segundo ele, o documento está válido e em vigor. “Acreditamos que as autoridades responsáveis pelas investigações já possuem elementos suficientes para prestar um esclarecimento, mesmo que inicial, das causas do acidente. É o que aguardam e pedem as famílias enlutadas e a sociedade brasileira.
Na segunda (8), a família do ex-governador Eduardo Campos ajuizou duas petições nesta segunda-feira, na cidade de Santos, no litoral de São Paulo.
Uma das representações é cível e foi apresentada perante o Ministério Público Federal (MPF) de Santos, em São Paulo.
A mesma representação pede que o Ministério Público Federal (MPF) adote medidas administrativas e judiciais urgentes no sentido de que se solicite à fabricante Cesnna, ante a teoria do risco do empreendimento, que é mais ampla que a teoria da culpa, bem como as empresas seguradores envolvidas no caso e, subsidiariamente, à União (falha na base aérea de Santos/SP), que reparem os danos do acidente de forma imediata, independentemente de futuras ações cíveis e regressivas, o que possibilita a legislação sobre a matéria, conforme antecipou o Blog de Jamildo, na semana passada. “As seguradoras têm que pagar os sinistros das vítimas do acidente, cabendo eventualmente ações regressivas, se couber.
As pessoas que sofreram danos materiais terrestres e as famílias das vítimas quanto aos seguros não devem esperar a conclusão das investigações que podem demorar, o que só aumentaria o dano e o sofrimento”, destaca Antônio Campos, advogado e irmão do ex-governador morto.
INVESTIGAÇÕES - Investigações da Polícia Civil concluíram que o avião Cessna Citation 560 XL, que caiu em Santos, no litoral de São Paulo, e matou o candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), e mais seis pessoas, não colidiu com um drone, Veículo Aéreo Não- Tripulado (Vant, na sigla em Português).
As rodas encontradas na região do acidente, na verdade, pertenciam a um carrinho de bebê que estava dentro da aeronave que levava o político, provavelmente do filho caçula Miguel, de sete meses.
O bebê costumava viajar na aeronave ao lado da mãe, Renata Campos.
No fim de agosto, o procurador da República Thiago Lacerda Nobre encaminhou à Aeronáutica um ofício pedindo explicações sobre o uso de um Vant, no local onde aconteceu a colisão com o avião Cessna Citation 560 XL, que caiu em Santos.
A suspeita era de que um drone, especificamente o “Acauã”, da Aeronáutica, teria perdido o contato com os controladores no dia do acidente.
A hipótese ganhou força após duas rodas de um veículo terem sido encontradas próximas à região do acidente.