Nestor Cerveró presta novo depoimento na CPI da Petrobras.
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil Durante o depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, o ex-diretor internacional da estatal, Nestor Cerveró, afirmou que o cenário atual da empresa é “altamente favorável nos próximos anos.” Segundo ele, a unidade industrial tem operado em sua capacidade máxima há quase dois anos, fechou o primeiro semestre com lucro líquido de US$ 80 milhões e deve chegar ao fim de 2014 com pelo menos US$ 150 milhões. “O cenário é altamente favorável para que o desempenho de 2014 se repita nos próximos anos.
Essa informação é importante, pois foi amplamente divulgado que a refinaria era sucateada”, afirmou.
Pela terceira vez depondo no Congresso, Cerveró agora prestou esclarecimentos na condição de investigado.
Ele ressaltou que da mesma forma que a mudança de cenário brasileiro com a descoberta do pré-sal tirou o foco dos investimentos em Pasadena, hoje houve uma mudança no mercado que vai continuar beneficiando a refinaria de Pasadena e os interesses da Petrobras nos Estados Unidos.
O diretor lembrou que Pasadena custou US$ 550 milhões, valor abaixo da média das aquisições do mercado na época.
RELEMBRE O CASO - Em 2006, a Petrobras desembolsou US$ 360 milhões por 50% do complexo de Pasadena (incluindo estoques e uma empresa comercializadora).
O valor é bem superior ao pago um ano antes pela belga Astra Oil: US$ 42,5 milhões.
Dois anos depois, a Petrobras e a Astra Oil se desentenderam até que uma decisão judicial obrigou a petrolífera brasileira a comprar a outra metade que pertencia à companhia belga.
Com isso a aquisição do complexo acabou custando US$ 1,2 bilhão à petroleira nacional, incluindo gastos extras com juros e custas judiciais.