Na coluna de Mônica Bergamo BALA PERDIDA A decisão da campanha da petista Dilma Rousseff de ligar a adversária Marina Silva a supostos interesses de instituições financeiras foi endossada por pesquisas internas que mostram que parte dos eleitores tem aversão aos bancos privados.
Os ataques vão se intensificar.
Neca Setubal, educadora e herdeira do banco Itaú, deve entrar na linha de tiro.
CONTA-CORRENTE A campanha estuda mostrar que Neca doou R$ 1 milhão e bancou 83% dos custos do instituto de Marina Silva no ano passado, conforme revelado pela Folha.
No começo do mês, a educadora, que é coordenadora de programa de governo da candidata, anunciou que Marina defenderia a autonomia do Banco Central –tese apoiada por instituições privadas e agora sob ataque do PT.
NÚMERO UM A decisão de incluir Neca Setubal na campanha foi reforçada depois que Roberto Setubal, presidente do Itaú Unibanco, usou a palavra “medíocre” para se referir à “gestão” no Brasil e disse ver a eleição de Marina Silva com naturalidade no aniversário de 90 anos da instituição, na semana passada.
A fala foi considerada “pior” do que uma declaração de voto pela equipe de Dilma: Setubal teria tratado Marina como já eleita.
VOTO SECRETO O banqueiro afirmou à coluna que apenas constatou que Marina era favorita nas pesquisas.
Disse que não revela voto e que o banco não tem candidato, colaborando financeiramente com todos igualmente.