O líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg (DF), informou nesta terça-feira (9), em pronunciamento no Plenário, que o partido entrará com pedido à Justiça para ter acesso ao conteúdo integral dos depoimentos recentes do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa à Polícia Federal e ao Ministério Público.
Paulo Roberto fez acordo de delação premiada e passou às autoridades uma lista com dezenas de políticos que teriam sido beneficiados por um esquema de corrupção na estatal.
A revista Veja publicou neste fim de semana uma lista com alguns desses nomes, entre eles o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que morreu no mês passado num desastre aéreo e era candidato do PSB à Presidência. — O que mais nos deixa indignados é a impossibilidade de defesa de nosso ex-governador e presidente.
Ele não pode esclarecer aos brasileiros toda a coerência de sua biografia — afirmou Rollemberg.
Rollemberg leu nota oficial do PSB emitida após as denúncias da revista.
Assinada pelo presidente do partido, Roberto Amaral, a nota lembra que Eduardo Campos vinha criticando a “administração antirrepublicana" da petrolífera nacional e, além disso, já defendia a inclusão das obras da refinaria Abreu e Lima como um dos itens a serem investigados pela CPI. “Morto, Eduardo Campos não pode se defender.
Mas seu partido o fará, em todos os níveis, políticos e judiciais, no cível e no criminal, e para esse efeito já está requerendo acesso ao conteúdo integral do depoimento do administrador da corrupção na Petrobras”, diz a nota lida por Rollemberg.
O parlamentar afirmou ainda que o PSB repudia a associação do nome de Eduardo Campos aos escândalos de corrupção na estatal brasileira.
Além disso, acrescentou, o partido é o maior interessado em apurar a verdade. - Reitero que não recuaremos um milímetro na disposição de enfrentar e combater a corrupção e de denunciar a velha política, que loteou o Estado e não serve ao interesse público, mas a interesses de pessoas e segmentos.
Temos um compromisso e vamos continuar dialogando com a população brasileira – concluiu.
Na Agência Senado