Os analistas políticos nacionais afirmavam e afirmam que a citação a Eduardo Campos embaralha as cartas e deixa Marina sem artilharia para atacar, sobretudo depois da história mal contada do avião da campanha do PSB.

Não tem sido bem assim.

Por meio das redes sociais, a candidata do PSB tem sido dura, devolvendo os ataques. “Quem ameaça o pré-sal é a corrupção que está assolando a Petrobras”, declarou, no microblog.

O texto foi retuitado pelo vice, Beto Albuquerque. “Que a população nos ajude a não permitir que pelo medo pela mentira pelo boato se faça um desserviço a grande mobilização do povo”, disse.

O deputado Fernando Ferro, do PT, não deixou em branco. “Marina vê corrupção do governo na Petrobras.

Já para seus aliados vê ilações.

Isto é “perceber seletivo” e oportunismo pragmático”.

O que se dizia era que Marina Silva trataria de se desviar do episódio e deveria deixar que o partido respondesse os questionamentos sobre o escândalo da Petrobras.

No interior da Bahia, voltou à carga, saindo em defesa do aliado morto em um acidente aéreo. “Não se pode matar Eduardo duas vezes” Na TV A cúpula da campanha de Marina foi informada sobre a divulgação da lista de Costa na tarde de sexta (5), mas ainda não tinha confirmação sobre a citação a Campos.

A partir daí, a avaliação foi a de que a candidata precisaria ir à TV tratar do tema.

Falar da Petrobras via pré-sal, avaliaram interlocutores, seria uma forma de ela se defender dos ataques petistas e também criar a vacina que sua candidatura precisa diante do assunto Petrobras.

Na noite de sexta, em São Paulo, ela gravou o depoimento que foi ao ar no sábado: “No meu governo os recursos do pré-sal vão ser usados para a saúde e a educação, não para a corrupção”.

Segundo aliados, as acusações de que Marina não dará prioridade à exploração do pré-sal caso seja eleita em outubro são uma “cortina de fumaça” para que o PT esconda as denúncias que Paulo Roberto Costa faria contra pessoas ligadas ao governo.