O candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG) reagiu neste sábado (6) às novas informações sobre o escândalo na Petrobras, delatado pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa.
Em visita a Presidente Prudente, em São Paulo, o candidato tucano Aécio Neves falou das novas denuncias contra a Petrobras.
Veja trechos abaixo. “O Brasil acordou perplexo hoje com a gravidade das denúncias em relação à Petrobras.
Na verdade, estamos frente ao Mensalão 2.
Dinheiro público sendo utilizado para sustentar um projeto de poder.
Poucas vezes na história desse país assistimos tanta desfaçatez.
No momento em que, lá atrás, no Congresso Nacional, lideramos o processo de instalação da CPI e depois, da CPMI sobre a Petrobras, o que queríamos era exatamente que todas as denúncias que surgiram fossem investigadas em profundidade.
E agora, com as denúncias do ex-diretor da Petrobras, estamos frente a um acinte, a algo absolutamente vergonhoso”. “E só existe um instrumento à disposição para limparmos definitivamente a vida pública do país, desse tipo de atitude, que é o voto. É muito importante que essas investigações sejam aprofundadas, que os responsáveis por esses desvios sejam punidos, mas o fato concreto é que durante todos os últimos nove anos o Mensalão continuou a existir nesse governo.
Agora, financiado pela nossa principal empresa pública, a Petrobras.
Mas as lideranças do PT no Congresso, quando impediam ou tentavam impedir a instalação da CPI e da CPMI, diziam que isso era um jogo das oposições, era, na verdade, uma ação eleitoral.
Está aí.
As denúncias são extremamente graves, precisam ser aprofundadas e, se comprovadas, punidos exemplarmente os responsáveis”.
Sobre os citados nas denúncias. “Tenho muito cuidado em fazer afirmações nominais, porque não conheço em profundidade as denúncias.
O que existe, de fato, concreto, hoje, a partir de um dos dirigentes mais prestigiados da Petrobras, indicado lá atrás pelo PT, mantido no cargo pela atual presidente da República, e não podemos agora tapar o sol com a peneira.
A atual presidente da República controlou com mão de ferro essa empresa ao longo de todos os últimos 12 anos, como ministra de Minas e Energia e presidente do seu conselho [DA PETROBRAS], depois como ministra-chefe da Casa Civil e ainda presidente do conselho, e depois como presidente da República.” “Não se trata de um mal feito isolado de alguém que involuntariamente ou solitariamente resolveu fazer ali um ato, cometeu uma irregularidade. É um processo contínuo, orquestrado, organizado.
E ao que me parece, sob as bênçãos do governo do PT. É preciso que todos que tenham responsabilidade em relação a essas gravíssimas acusações sejam responsabilizados.
O Brasil está frente a frente ao Mensalão 2 de proporções, me parece, ainda maiores do que o Mensalão 1.
O governo do PT que está aí não merece mais continuar governando o Brasil”.
Estratégia de campanha. “Dizer com muita clareza o que pensamos.
As minhas propostas são aquelas nas quais acreditei ao longo da minha vida.
Todos somos, em grande parte, aquilo que fizemos.
Defendo uma gestão cada vez mais eficiente.
Me orgulho muito de ter visto ontem os indicadores do Ideb, e cumprimento o governador Geraldo Alckmin, porque no ensino fundamental os avanços de São Paulo foram expressivos, mas comemoro o fato de Minas Gerais, o meu Estado, ter hoje a melhor educação fundamental do Brasil, nas primeiras e nas últimas séries.
Este é apenas um exemplo de que o Brasil precisa de uma gestão eficiente.
A clareza das nossas propostas, oposição a tudo isso que está aí, é que vai nos levar à vitória”. “A atual presidente da República perderá as eleições pela incapacidade que demonstrou de cumprir com os seus compromissos.
Nos deixará como herança uma inflação saindo de controle, o Brasil em recessão, do ponto de vista social nossos indicadores piorando todo o tempo.
Existe uma outra candidatura no campo oposicionista, mas também construída e forjada durante mais de 20 anos de militância no PT, e que precisa dizer de forma muito clara o que está valendo.
As propostas de agora ou as propostas que defendeu ao longo de sua vida, absolutamente contraditórias com o seu programa”. “O que vou fazer a cada dia daqui até 5 de outubro é, de forma muito clara, defender um novo projeto para o Brasil.
Por que a mudança, isso é importante que fique claro, não se dá no dia da eleição apenas com o nosso voto.
Ela se inicia a partir de primeiro de janeiro do próximo ano.
E quem tem condições de fazer a mudança segura, resgatando a capacidade do Brasil crescer, gerar empregos, investindo novamente em parcerias com os Estados na saúde, na segurança pública, somos nós.
Somos a única mudança segura.
A mudança que o Brasil merece viver”.