Por Jamildo Melo, editor do Blog Depois de um enfadonho debate sobre alíquotas de impostos, no qual Armando Monteiro tentou jogar os pequenos empresários contra o ex-secretário da fazenda Paulo Câmara.

Mais uma vez, apesar da divulgação de duas notas oficiais, cara a cara com Paulo Câmara o petebista evitou tocar no tema avião de Eduardo Campos.

E, uma rara oportunidade, usou de ironia, ao falar de impostos de fronteira versus impostos para centrais de distribuição, até de pneus, em uma referência à empresa Bandeirantes Pneus, que admitiu repassar parte dos recursos para compra do avião por empresários locais.

Paulo Câmara fez ouvidos de mercador e disse que o governo Eduardo nunca ampliou impostos.

Antes de partir para criticar Dilma. “Sua candidata parou o Brasil”, disse.

Armando respondeu que o desenvolvimento de Pernambuco era devido aos investimentos em Lula e Dilma.

Paulo respondeu que os investimentos vieram a Pernambuco devido ao bom ambiente de negócios gerado pela gestão Eduardo.

Nas considerações finais, Armando Monteiro insistiu que Paulo Câmara não tinha liderança e lastro político.

Paulo Câmara respondeu que era resultado de um projeto coletivo e não de um desejo pessoal, em provocação ao concorrente.

Para o candidato do PSOL, o debate não mostrou diferença entre os dois e pediu um novo modelo de transportes público. “Ser pobre não é crime”, disse, depois, ao falar de direitos humanos.

O candidato do PSB fez uma avaliação positiva de sua atuação no debate e não teve receio de afirmar que se saiu melhor que os adversários. “Vencemos o debate, porque temos as melhores propostas, o melhor time, a experiência necessária para dar continuidade ao trabalho de Eduardo e avançar ainda mais.

Pernambuco ainda precisa que muito seja feito, e nós vamos fazer, porque, além do muito que já realizamos, preparamos o Estado, nos últimos sete anos e meio, para se desenvolver ainda mais, com equilíbrio e com prioridade para os que mais precisam”, previu Paulo Câmara.

Na Rádio Jornal, nesta quinta-feira (4), o candidato da Frente Popular, Paulo Câmara (PSB), disse que vai honrar o legado do ex-governador Eduardo Campos. “Eu ajudei Eduardo a mudar Pernambuco, a implantar o modelo de Governo que Pernambuco aprovou, premiado até pela ONU.

Como secretário da Fazenda, administrei um orçamento anual de R$ 28 bilhões.

Essa experiência de gestão pública, de tirar as ações do papel, que o candidato da oposição não possui, me preparou para assumir essa missão”, afirmou o socialista.

Entre os pontos destacados, Paulo Câmara prometeu que todo aluno da rede pública que quiser estudar em uma Escola em Tempo Integral terá direito a uma vaga, e parceria com os municípios, para que cada um deles tenha um estabelecimento do tipo, para o ensino básico.

Na Saúde, destacou a humanização do atendimento, o fortalecimento da rede de média e alta capacidade, a integração das informações dos pacientes, a realização de exames e consultas itinerantes (com o programa O Doutor Chegou), entre outros.