Por Jamildo Melo, editor do Blog Contando com a ajuda do PSOL, o PTB aproveitou o debate na Rádio Jornal, em Caruaru, para bater no candidato do PSB, Paulo Câmara, com o objetivo de evitar a continuidade do crescimento nas pesquisas de intenção de voto.

A exemplo do que informou a pesquisa do Instituto Nassau, no JC de domingo, pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesta quinta aponta empate entre os dois principais concorrentes ao governo do Estado.

O debate começou com questionamentos de Geraldo Freire sobre a área de saúde.

Armando Monteiro reclamou das condições das unidades de saúde e disse que iria colocar os médicos mais próximos da população.

O candidato do PSOL, José Gomes, reclamou das Organizações Sociais. “O nosso governo não vai ter OS”, prometeu.

Já Paulo Câmara, na defesa do Estado, prometeu fazer muito mais e renovou promessa de cinco mil profissionais na saúde e seis Upas especialidade.

Quando começaram as perguntas de candidato para candidato, Paulo Câmara (PSB) tomou a iniciativa e questionou o currículo de Armando Monteiro no setor público e perguntou o que o credenciaria para governar o Estado. “Eu administrei um orçamento de R$ 28 bilhões (na Fazenda), em um governo com grande aprovação. reduzimos gastos e fizemos as despesas boas.

Já você (Armando) não tem experiência no setor público”, declarou.

O petebista apresentou sua trajetória política e sua experiência como gestor privado, durante o segundo bloco do debate da Rádio Jornal, em Caruaru, nesta quinta-feira (4). “Liderança pública não se transmite a herdeiros ou afilhados.

Você não foi experimentado na liderança.

Você fez carreira, mas nunca experimentou a liderança.

Você não tem perfil para liderar.

A candidata apoiada por ele, Marina Silva, diz que desconfia dos candidatos gerentes.

Precisamos de governante, com visão estratégica e monitorar o processo críticos.”, respondeu Armando. “Liderança não se herda.

Vem da capacidade de unir, de gerir ouvindo, planejando e executando.

Fiz isso como secretário de Eduardo.

Aprendi com ele.

Eu não represento uma ambição pessoal de poder, mas um projeto político que vem mudando a vida dos pernambucanos desde 2007, fui escolhido e ratificado pela maior aliança já reunida em torno de um candidato a governador”, observou o socialista, lembrando que o time que o apoia é o mesmo que sempre esteve com o ex-governador.

Depois de citar sua experiência no Sistema S, o petebista tentou desconstruir a imagem do adversário socialista. “Enquanto presidente do Sistema S, administrei mais de R$ 15 bilhões, e fui eleito e reeleito nessas entidades.

Foi assim também na CNI, e tive toda minha vida pública marcada pela via da eleição, com votações crescentes.

Inclusive, com apoio do seu partido, o PSB.

Eu tive mais de 3 milhões de votos dos pernambucanos para cumprir um papel no Senado.

Minha história e trajetória não foram feitas de maneira superficial.

O que nosso Estado precisa é de liderança, com sentido de direção”, disparou Armando Monteiro.

Na réplica, Paulo Câmara acusou o petebista de não ter experiência de gestor privado que o habilitasse e que não havia respondido ao questionamento inicial.

Armando voltou à carga. “Você foi escolhido de forma unipessoal.

Não foi você que reuniu esse tanto de partidos na sua campanha, foi Eduardo.

Se você acha que o setor privado é suficiente para julgar alguém, você não tem experiência nesse aspecto.

A atividade empresarial é de risco, ou ganha ou perde.

Mas quero lembrar que a dignidade da minha família foi lembrada quando o doutor Arraes convocou o apoio meu pai para disputar o senado, pela Frente Popular, em 1994”, finalizou Armando Monteiro.

Ajuda do PSOL O candidato Armando Monteiro (PTB) usou o PSOL, durante o debate na Rádio Jornal Caruaru, nesta quinta-feira (4), para jogar Paulo Câmara contra a categoria dos servidores, reclamando de compressão salarial nos últimos anos.

Ele disse ter compromisso de implantar uma política de valorização dos servidores públicos estaduais, Ao interpelar o candidato Zé Gomes (PSOL) sobre a situação dos servidores públicos, Armando avaliou que, mesmo quando o governo do Estado conseguiu aumentar em quase 80% o volume de receitas, de 2009 a 2013, a política exercida em Pernambuco para os servidores públicos foi de arrocho. “Faltaram políticas efetivas para o servidor público.

Os servidores não foram bem tratados.

O governo do Estado não prestigiou a categoria”, analisou Armando Monteiro, que frisou ‘concordar" com a análise de Zé Gomes.

Sem muita ênfase, o PSOL ainda lembrou que Armando Monteiro esteve no governo socialista. “Essa conversinha não interessa ao povo.

Os dois candidatos que estão aqui não representam o novo projeto”, disse.

No começo do terceiro bloco, Armando Monteiro Neto ainda contou com a ajuda do PSOL para criticar o Pacto pela Vida. “Como a gente vai enfrentar isto?” perguntou o candidato do PSOL, ao falar “em guerra aos pobres e negros”.

Com a bola levantada, o candidato Armando Monteiro (PTB) cortou. “Para combater a escalada da violência que começa a inquietar a população pernambucana, é preciso implantar um plano emergencial que levar em conta maior investimento na segurança pública.

Para isso, Armando defendeu a interiorização de delegacias especializadas, como as de Roubos e Furtos e a de Narcotráfico. “Hoje não temos delegacias especializadas no interior.

O Pacto pela Vida precisa ser repactuado”, disse.

Armando Monteiro também destacou que seu governo vai promover uma ação firme de valorização dos agentes de segurança pública, sobretudo as polícias militar e civil.

O candidato do PTB destacou que, apesar do Pacto pela Vida, a média de homicídios em Pernambuco é 50% maior do que a média nacional.

Armando Monteiro também disse que no último semestre, o Estado apresentou aumento de 9,6% na taxa de homicídios.

E se comparar os números de junho de 2013 com o mesmo período de 2014, o índice cresceu mais de 20%.

Sem muita ênfase, o PSOL ainda lembrou que Armando Monteirotem um prtojeto que aumenta o prazo de ressocialização, para jovens que cometerem crimes hediondos.