Candidato Lobão Filho está em segundo lugar na disputa eleitoral.
Foto: divulgação.
Por Ulysses Gadêlha, repórter do Jornal do Commercio Para uma eleição, a polarização entre candidatos é um fato corriqueiro e no Estado do Maranhão não é diferente: um aliado da família Sarney e outro contra disputam o governo.
O líder nas pesquisas é o oposicionista Flávio Dino (PCdoB), que se uniu a outros oito partidos para desbancar o escolhido para sucessão da atual governadora, Roseana Sarney (PMDB).
Dino conta com 50,6% das intenções de voto.
O candidato da situação, majoritário numa coligação de 18 partidos, é o senador Lobão Filho (PMDB), filho do também senador e ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que está em segundo com 31% do eleitorado.
Na briga pelo Senado, o candidato de Flávio Dino, Roberto Rocha (PSB), tem 24,4% das intenções de voto, seguido do postulante da chapa de Lobão Filho, Gastão Vieira (PMDB), com 18,9%.
Apesar das forças políticas dominantes, o quadro eleitoral está indefinido, segundo a cientista política da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) Ester Marques. “As outras campanhas foram mais ideológicas, com a população dividida entre quem era pró-Sarney, na direita, ou anti-Sarney, na esquerda.
Este ano, o eleitorado aparenta estar mais interessado em propostas”, explicou a professora. » Nova política não decola em Alagoas A escolha de Lobão Filho, de acordo com Ester, passou pelo crivo dos senadores José Sarney e Edison Lobão. “Essa candidatura não é de Lobão Filho, é do pai dele.
Edison Lobão já está com o grupo Sarney há muito tempo e chegou a ser preterido da disputa pelo governo do Estado duas vezes.
Agora que ele é senador e ministro, veio cobrar sua conta, colocando a candidatura do filho”, diz a professora. “O grupo está aparentemente coeso, todo mundo diz o nome dele (Lobão Filho), mas ninguém defende.
Não é o mesmo discurso dos Sarney”, complementa.
O peemedebista tem como presidenciável Dilma Rousseff (PT).
Já o Flávio Dino tenta ir à luta com as forças de esquerda, embora este grupo político seja visto pela população maranhense com receio.
Flávio Dino (PCdoB) se uniu a outros oito partidos para desbancar o escolhido para sucessão da atual governadora, Roseana Sarney (PMDB).
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil MARANHÃO EM NÚMEROS - O Maranhão tem 6,5 milhões de habitantes e, depois de Alagoas, aparece com o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do País, com 0,639 pontos.
O analfabetismo atinge cerca de 21,5% da população.
A expectativa de vida é de 68,5 anos e a mortalidade infantil é de 29 óbitos a cada mil nascidos vivos.
Na criminalidade, o Estado se depara com um crescimento preocupante da taxa de homicídios.
Em 1999, registrava-se 4,6 assassinatos por 100 mil habitantes.
Em 2010, esse número subiu para 22,5 homicídios.
O Estado é o 11º maior colégio eleitoral brasileiro, com 4,49 milhões de eleitores.