Cerca de 70 funcionários da Emypro Brasil, empresa que presta serviço à Petrobras, paralisaram as atividades na manhã desta quarta-feira (03), na Refinaria Abreu e Lima, em Suape.
A medida é em protesto contra o descumprimento do acordo coletivo, conseguido em agosto, além de outros direitos trabalhistas.
A Emypro Brasil é a responsável pela instalação da tubulação que conduzirá o petróleo dentro da Petrobrás. “Eles também estão recebendo o PLR de forma indevida, o plano de saúde não atende às necessidades dos funcionários, que ainda estão com jornada excessiva de trabalho, de domingo a domingo sem folga”, explica Leodelson Bastos, diretor de fiscalização do Sintepav-PE (Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no Estado de Pernambuco).
Há ainda denúncia do descumprimento da “folga de campo”, que dá direito ao funcionário vindo de outro estado se afastar do trabalho, a cada três meses, por até cinco dias úteis (dependendo da distância), para visitar a família.
O Sintepav-PE está no local tentando negociar com a empresa Emypro Brasil mas, por enquanto, os funcionários continuam de braços cruzados.
Mais de 30 mil trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima e da Petroquímica Suape paralisaram as atividades, em agosto, para reivindicar melhorias e o cumprimento de direitos trabalhistas.
A greve durou quatro dias e foram realizadas assembléias em frente à portaria Oeste (portão 02) da Refinaria, no Complexo Industrial Portuário de Suape.
Os trabalhadores aprovaram a proposta de 9% de reajuste, além do aumento do valor da cesta básica para R$ 350 e a conquista mais comemorada pela categoria: o adicional de 30% de periculosidade para todos os trabalhadores envolvidos na planta industrial.
Todos os trabalhadores tiveram os quatro dias de paralisação abonados.