Foto: BlogImagem Em um ato com a militância do candidato ao Governo de Pernambuco Armando Monteiro (PTB), Marília Arraes, prima de Eduardo Campos, pediu que os candidatos da Frente Popular por Pernambuco deixassem o ex-governador, que morreu no último dia 13 de agosto em um acidente aéreo, descansar. “Homenagem não se faz com voto”, disse a vereadora.
Falando de Eduardo como um grande nome da política nacional, Marília aproveitou para condenar a campanha da Frente Popular, que usa a imagem de Eduardo nos programas dos guias eleitorais de TV: “Querem uma homenagem…?
A gente pode levar uma flor; quem for evangélico, católico pode fazer uma oração.
Deixem a pessoa descansar e não ficar usando exaustivamente a imagem de uma pessoa que já faleceu”, criticou.
Leia também: Vereador do PT pede que eleitorado não entre em “aventuras” Sílvio Costa diz que jovens do PSB são obrigados a fazer campanha Marília discursava a favor da candidatura de Armando e criticava a escolha de Paulo Câmara (PSB) para ser o candidato da Frente Popular na disputa ao cargo de governador de Pernambuco.
A coligação reúne 21 partidos e Paulo Câmara, que foi secretário da fazenda na gestão de Campos, foi escolhido pelo próprio ex-governador.
Marília já atua na oposição desde julho, quando rompeu com o primo ao criticar publicamente o PSB, partido que tinha Eduardo como presidente nacional.
Apesar de ainda estar ligada ao PSB, declarou apoio ao petebista. “Eu conheço Armando há 20 anos e eu tenho 30 anos de idade.
Desde 1984 estamos juntos.
Por que estaríamos separados agora?”, questionou a vereadora e aproveitou para criticar a candidatura de Paulo Câmara: “Ele pode até ser uma boa pessoa; mas não é suficiente para ser um grande governador de Pernambuco”.
A vereadora ainda aproveitou para falar de Miguel Arraes, avô dela e de Eduardo Campos, citando-o como exemplo de homem prepardo para exercer o cargo em Pernambuco. “Miguel Arraes era um homem preparado.
E não ficava apenas atrás de uma mesa cobrando imposto, enfrentando burocracia de Estado, sem colocar os pés na lama e sem conhecer a realidade do povo”, disse a socialista.