Debate entre candidatas ficou polarizado.
Foto: NELSON ALMEIDA / AFP Com o novo cenário eleitoral que se formou depois do ingresso da candidata Marina Silva (PSB/Rede) na disputa presidencial, o debate desta segunda-feira (1º) entre os presidenciáveis buscou ser democrático e priorizar a fala dos sete participantes, porém, o embate ficou polarizado entre as candidatas Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB).
As duas estão empatadas, com 34% das intenções de voto cada, segundo a pesquisa Datafolha.
Dilma abriu o primeiro bloco do debate questionando Marina Silva sobre a viabilidade para cumprir as promessas de campanha.
A petista lista uma série de valores investidos pelo seu governo na área de educação, saúde e transporte público.
Marina rebateu logo na primeira frase afirmando que não se tratavam de promessas, mas compromissos.
A candidata usou o tempo para disparar críticas contra a gestão atual. “Hoje temos um desperdício muito grande nos gastos públicos.
O que vamos fazer para conseguir os recursos é fazer com que o orçamento seja acrescido com o incremento da receita com o orçamento inteligente.
Quando é dinheiro para banqueiro ninguém questiona de onde vem o dinheiro.
O que nós vamos fazer são as escolhas corretas”, rebateu Marina. “O que vamos fazer são as escolhas corretas”, afirmou.
Dilma questionou Marina citando seu próprio exemplo à frente do governo federal e elencando as dificuldades para obter investimentos.
Os investimentos no pré-sal também entraram na discussão das adversárias, quando Dilma afirmou que a adversária estaria desconsiderando a exploração do pré-sal. “O dinheiro do pré-sal já está assegurado e nós vamos fazer bom uso do dinheiro.
Vamos antecipar a meta com investimento na educação em tempo integral.
O pré-sal deve ser explorado.
A ideia cartesiana de governo só enxerga uma alternativa, nós vamos pensar em vários meios, com busca de novas fontes de renda e energia”, defendeu Marina.
O confronto entre as duas candidatas tem razão de ser.
Segundo o Datafolha, Marina Silva abriu dez pontos de vantagem sobre Dilma Rousseff.
Por isso, a reação da petista.
O embate entre as duas se estendeu ao longo dos blocos.
Na pesquisa anterior, Marina tinha 47%.
Agora, tem 50%.
Com a margem de erro, tem de 48% a 52%.
Dilma tinha 43% e agora está com 40%.
Com a margem de erro, tem de 38% a 42%.