Foto: AFP A Folha de S.

Paulo divulgou nesta segunda-feira (1º) trecho do contrato de compra do jato Cessna PR-AFA, que caiu no dia 13 de agosto matando o ex-governador de Pernambuco e outras seis pessoas, que mostra que o nome do comprador da aeronave não consta no documento.

Em tese, o contrato foi apresentado pela AF Andrade, que consta junto à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) como dona do avião, para provar que o jatinho havia sido comprado pelo empresário pernambucano João Lyra de Mello Filho.

Imagem: reprodução da Folha de S.

Paulo Além de não apresentar o nome do comprador, a assinatura que consta no papel é ilegível.

Segundo o advogado da AF Andrade, Ricardo Tepedino, os seus clientes viram João Lyra de Mello Filho assinar o contrato.

Procurado pelo jornal paulista, o empresário pernambucano não confirmou se a assinatura é ou não dele.

Na terça-feira (26), o Jornal Nacional mostrou que empresas fantasmas fizeram os pagamentos de R$ 1,7 milhões pelo uso da aeronave.

Ao todo, a o jatinho seria comprado por US$ 8,5 milhões, o equivalente a R$ 19 milhões.

Segundo a Folha de S.

Paulo, duas hipóteses são levantadas pela polícia.

Uma delas é que a simulação de compra seria uma farsa para encobrir o aluguel da aeronave, que seria irregular.

A outra, é que o nome não foi escrito no contrato porque os recursos para o pagamento da aeronave viriam de caixa dois.

O advogado da AF Andrade nega as versões.

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