O tucano Aécio Neves jogou futebol, no Rio de janeiro, ao lado de Zico, de Bebeto e de outros ex-atletas, lançou projetos para a profissionalização e não deixou de falar sobre as eleições, em termos gerais.

Veja principais trechos da fala de Aécio, no Rio de janeiro.

Sobre a alta de Marina Silva na pesquisa DataFolha Nunca disse que era uma onda.

Eu respeito a posição hoje da candidata Marina, candidata competitiva, e agora terá a oportunidade de externar as suas propostas, terá a oportunidade de dizer ao Brasil aquilo em que acredita de verdade.

Evoluir é sempre importante, mas é preciso que fique muito claro, até porque, amanhã, não haja o risco de uma frustração coletiva, quais são realmente as posições nas quais ela acredita.

E ela terá oportunidade para isso.

Repito: nós temos um projeto para o Brasil que permitirá, através de uma política fiscal transparente, da previsibilidade das nossas ações, com uma seleção como esta que está aqui hoje para conduzir a economia, não estou do segundo ou terceiro time, mas com os melhores e experientes brasileiros para conduzir a nossa economia e permitir que o Brasil retome uma pauta de crescimento, porque crescimento é emprego, e é emprego que os brasileiros precisam para viverem melhor.

O atual governo fracassou, esta é a questão central, e não vencerá as eleições o grupo que está hoje no poder.

Das duas alternativas competitivas que aí estão, nós apresentamos uma que é absolutamente coerente com o nosso passado, com aquilo que pensávamos lá atrás, e com aquilo que queremos fazer pelo Brasil.

A população brasileira terá a oportunidade de avaliar entre essas propostas, até porque, não há nada velho na política do que o discurso adaptado às circunstâncias do momento.

Sobre apoio de Marina Silva no segundo turno Não, ao contrário, tenho sempre ressaltado que respeito, que respeito todos os candidatos, em especial a candidata Marina.

O que é importante nesse momento em que vamos tomar uma decisão dessa dimensão para o futuro do Brasil, é que cada candidato diga com absoluta clareza o que pretende fazer lá adiante, em relação à política econômica e em relação à política externa.

Não conheço ainda posições dela em relação à nossa política externa, em relação aos programas de transferência de renda; vamos aguardar que daqui até a eleição ela possa externar as suas posições.

Estou absolutamente confiante porque nós temos um projeto debatido extensamente Brasil afora, que não é fruto do improviso.

Repito: boas intensões todas as candidaturas trazem, mas é importante trazer mais do que isso, para que o Brasil não viva uma nova frustração como o Brasil está vivendo hoje.

Cobrança de Beto Albuquerque para que tucanos lance seu programa de governo Olha as diretrizes foram lançadas.

Talvez, o candidato Beto [Albuquerque, vice na chapa de Marina Silva, do PSB] não esteja acompanhando muito de perto as discussões que nós fizemos ao longo de todos os últimos anos.

E será lançado nos próximos dias na data pré-estabelecida.

Mas não é para se ofender.

Apenas encontrei no programa do PSB, lançado ontem, a defesa das mesmas posições que nós defendemos historicamente do ponto de vista da macroeconomia; do ponto de vista da transformação do Bolsa Família, por exemplo, em programa de Estado e na meritocracia no setor público.

Lamento apenas que no momento que implementamos essas medidas, nenhum deles estava ao nosso lado para ajudar, nós tivemos a objeção do PT e de quadros do PT importantes, né, que naquele momento acharam que o Plano Real era uma fraude.

Durante a campanha eleitoral vai ficar muito claro quais são as propostas de cada candidato.

Meu esforço não é depreciar ou tirar o caráter de boas intenções dos meus adversários.

Eu tenho um projeto para o país, o Brasil não é para amadores.

Eu vejo na proposta do PSB um número muito grande de contradições em relação aquilo que se propõe hoje e aquilo que se praticou no passado, em todas as áreas.

A evolução é importante, mas é preciso que se explique porque num tempo tão curto, tão pouco tempo atrás nós não tivemos o apoio dessas mesmas forças políticas para que o Brasil aprovasse a Lei de Responsabilidade Fiscal, para que nós defendêssemos o agronegócio como instrumento fundamental da nossa economia da geração de empregos, da geração de renda; e várias ações importantes.

Lembro que quando introduzimos em Minas Gerais a meritocracia, a avaliação por desempenho, proposta no governo do PSB, nós tivemos a oposição muito dura daqueles que hoje a defendem.

A evolução é sempre muito bem-vinda, mas o que eu posso oferecer aos brasileiros é um projeto consistente, bem elaborado, e um projeto coerente com tudo que nós pensamos.

Portanto, estou extremamente animado, a campanha começa para valer agora, nós vamos até o último dia defendendo aquilo que acreditamos que seja o melhor para o Brasil.

O atual modelo que está aí fracassou pelo improviso, pela inexperiência.

Nós não queremos o Brasil fracasse novamente.

Recessão técnica e quadro de dúvidas Quero também e não deixaria de dar uma palavra aqui em relação ao quadro econômico do país.

O Brasil vive hoje infelizmente um processo de recessão técnica.

O que significa para as pessoas que os empregos que estão sendo gerados hoje, deixaram de ser gerados lá adiante.

Não existe emprego, sobretudo, emprego de qualidade quando não existe crescimento e o crescimento deixou de acontecer na economia brasileira.

Com isso, as próprias negociações salariais serão feitas em prejuízo do trabalhador.

O Brasil precisa rapidamente encerrar esse ciclo de governo que fracassou, para iniciar um outro ciclo de retomada do crescimento a partir da credibilidade da competência daqueles que vão assumir o governo.

O Brasil não comporta mais improviso. É muito importante dada à gravidade da crise que os brasileiros pensem, avaliem a história de cada uma dos candidatos, aquilo que eles fizeram quando tiveram oportunidade de fazer.

Eu respeito as boas intenções de todos os candidatos e das candidatas, mas o Brasil precisa de mais do que isso.

O Brasil precisa de um projeto que tenha começo, meio e fim.

Estamos apresentando aos brasileiros um projeto coerente com a nossa história com aquilo que nós pregamos ao longo de toda a nossa vida pública, exatamente essa nossa pregação que teve a objeção e a oposição do PT durante todos os últimos anos. É que nos permitiu chegar aqui ainda minimamente estáveis, mas infelizmente já com a inflação já saindo do controle.

Portanto, o Brasil tem desafios enormes pela frente e esses desafios tem que ser enfrentados por aqueles que mostraram no passado e mostram no presente competência e coerência com as suas posições.