Foto: Divulgação Em uma tumultuada caminhada de cerca de 30 minutos na favela da Rocinha, a maior da zona sul do Rio, a candidata do PSB à presidência, Marina Silva, negou neste sábado (30) ter havido uma “revisão” no programa de governo em relação às mudanças publicadas hoje na política LGBT.

A candidata disse que houve um “engano” da coordenação de campanha no momento da revisão do texto.

Segundo Marina, o conteúdo que havia sido publicado nesta sexta-feira “foi o texto tal como foi apresentado pela demanda dos movimentos sociais”, e que “o que foi feito foi apenas retomar o texto da mediação, porque havia sido cometido um engano, da mesma forma como aconteceu em relação à energia nuclear”.

LEIA MAIS » Campanha de Marina divulga errata sobre capítulo LGBT Sobre a alteração no trecho sobre energia nuclear, Marina afirmou que, “na parte de Ciência e Tecnologia, foi incluída uma questão que não havia sido acordada entre eu e o Eduardo”.

Ao lado de Romário (PSB), que foi buscá-la no aeroporto e lidera as pesquisas de intenção de voto para o Senado no Rio, Marina chegou às 11h35 na Rocinha.

A caminhada foi marcada por grande alvoroço, em meio à grande quantidade de pessoas que acompanhava a passeata, Marina mal conseguiu cumprimentar os moradores - por vezes, evitou que fotógrafos e jornalistas que caminhavam à sua frente caíssem, tamanha a confusão.

Ela deixou a comunidade, de carro, às 14h02, mas Romário seguiu a caminhada.

PRIMEIRO TURNO - “O que nós queremos é que esse movimento continue. É o movimento do cidadão que quer mudança e a encontrou, na minha candidatura e de Beto (Albuquerque, candidato a vice)”, afirmou Marina, que voltou a criticar a “polarização” entre PT e PSDB, partidos de seus concorrentes Dilma Rousseff e Aécio Neves. “PT e PSDB ficam brigando entre si e não lutam pelo interesse da nação. É por isso que temos dito que queremos trabalhar com todas as pessoas honestas e competentes, independente de partido mas que estejam comprometidas com uma agenda do País que faça com que o Brasil volte a crescer.

Tenho muita esperança no povo brasileiro e muita fé em Deus que isso poderá acontecer”.

Ao responder sobre qual seria sua opinião sobre uma possível desistência de Aécio Neves, Marina citou a recessão. “Todos nós temos o direito de ter nossas candidaturas.

Eu sempre digo que quanto mais estrelas no céu, mais claro é o caminho.

O que estou buscando é mostrar que é possível unir o Brasil para termos mais saúde, mais educação, para que nosso País não entre na recessão como começou a entrar, volte a crescer e controle a inflação”.

Marina prometeu “aumentar mais 4 milhões de moradias dentro do programa Minha Casa Minha Vida”.

Como já havia feito outras vezes, deixou para Beto Albuquerque (PSB) responder às perguntas sobre o jatinho que transportava Eduardo Campos no momento do acidente. “Nós não podemos precipitar julgamentos e decisões que cabem à Justiça.

Temos todo interesse que haja investigações acerca disso, que haja esclarecimentos sem uso eleitoral, sem uso político, vamos deixar o Ministério Público, a Polícia Federal e a Justiça tomar decisões”, disse o candidato a vice.