Gilberto Carvalho em ato com a militância do PT.
Foto: BlogImagem De passagem pelo Recife, nesta sexta-feira à noite (29), para encontro com a militância do partido, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, fez uma breve análise sobre o desempenho da candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) na pesquisa Datafolha, divulgada nesta sexta-feira (29).
A petista aparece empatada com Marina Silva (PSB-Rede), as duas estão com 34% das intenções de voto. » No Recife, Gilberto Carvalho diz que Marina copia programa dos tucanos Segundo Carvalho, o resultado já era esperado em virtude da comoção nacional em torno da morte do ex-governador Eduardo Campos (PSB), em 13 de agosto. “Eu só não achei que o Aécio iria cair para 15%…Eu disse, logo depois da morte do Eduardo, que a gente só vai ter uma fotografia mais aproximada da realidade estabilizada lá para o dia 7 de setembro, daqui a uns 10 dias”, comentou o aliado da presidente.
Para endossar a análise, o petista aponta um caminho para o bom desempenho de Marina na pesquisa. “A Marina teve uma exposição no Jornal Nacional maior do que todo o programa eleitoral”, disse Carvalho, avaliando que é necessário “esperar a poeira baixar”.
Sem desmerecer o crescimento da adversária, o ministro reconheceu a “consistência” eleitoral da candidata, que teve quase 20 milhões de votos em 2010, mas mostrou-se confiante na reeleição de Dilma. “Eu tenho convicção de que isso se reverte e que a Dilma volta a retomada do crescimento.
Na medida em que a campanha vai avançando nós vamos conseguindo mostrar cada vez mais o que realizamos”.
Na conversa, o ministro também fez análises críticas quanto ao programa de governo apresentado por Marina Silva nesta sexta-feira.
Na opinião dele, as contradições em torno das ideias apresentadas pela ex-ministra virão à tona com o desenrolar da campanha. “Acho que, na medida em que a campanha avança, o debate em torno do programa da Marina, que me surpreendeu negativamente, também vai colocar algumas contradições.
Por exemplo, se colocar ao lado do transgênico, ela que se colocou drasticamente contra os transgênicos, no governo.
A questão dessa história toda da economia, a presença de um membro da família Itaú na equipe de campanha dela”, disse o ministro, cobrando serenidade. “O que mais temos que fazer é seguir a nossa tática e aumentar o nosso trabalho de convencimento das pessoas”, analisou o ministro, que reconhece que o segundo turno será difícil. “Mas eu não considero ainda o Aécio carta fora do baralho”, acrescentou Gilberto Carvalho.