Foto: Reprodução Twitter Na tarde desta sexta-feira (29), a candidata à Presidência Marina Silva (PSB/REDE) lançou oficialmente o seu programa de governo e discursou para a platéia presente no evento.

Dentre os temas abordados pela candidata estavam questões de educação, segurança, e desenvolvimento sustentável.

O programa de governo de Marina começou a ser feito ainda em parceria com Eduardo Campos, candidato do PSB que morreu em um trágico acidente de avião no último dia 13 de agosto, sendo substituído por Marina, que era sua vice.

De acordo com os organizadores e coordenadores da campanha, milhares de pessoas oriundas de diversos segmentos da sociedade foram ouvidas para a composição do programa de governo da candidata.

Leia também: “Não celebraremos o sacrifício de Eduardo”, diz Roberto Amaral Maurício Rands critica o “Minha casa, minha vida” Coordenadora do programa de Marina diz que “Bolsa Família” e “Mais Médicos” serão mantidos Os tópicos defendidos por Marina foram, essencialmente, a universalização da educação em tempo integral (uma das principais propostas de Campos), abertura de um debate nacional sobre a situação da questão da segurança pública e a defesa de uma produção energética baseada em meios sustentáveis, renováveis e “limpos”.

No que diz respeito à postura “ambientalista” de Marina, há uma polêmica com relação ao seu vice, Beto Albuquerque (PSB).

Logo após o anúncio de Beto como vice na chapa de Marina, foram especuladas incompatibilidades entre Marina e Beto, que é apontado como defensor dos interesses “ruralistas”.

Marina fez questão de defender seu vice, e afirmou que não é contra o agronegócio. “Quem defende que a agricultura pode aumentar sua eficiência através de novos meios não pode ser acusado de ser contra o agronegócio”, afirmou a candidata que completou de forma humorada: “Dizem que ele (Beto Albuquerque) é ruralista.

Pois eu vou levá-lo ao PROCON porque ele não tem um palmo de terra”, disse.

A candidata ainda aproveitou para criticar os programas da campanha eleitoral de Dilma Rousseff (PT) no guia de TV.

De acordo com Marina, o país apresentado pelo PT nos programas é irreal: “Tenho andado pelo Brasil e não encontro este país colorido onde tudo foi resolvido e onde as pessoas vivem nesse país de faz de conta… fazendo de conta que tudo foi resolvido”, disse a candidata que ainda defendeu o que ela considera bom na gestão petista. “O que é bom vamos manter, o que está errado vamos corrigir e implantaremos novos mecanismos para que o Brasil seja um lugar bom de se viver”, completou.

Marina concluiu o discurso assumindo o compromisso de que, se eleita, não será candidata à reeleição.

Como argumento para a alegação, Marina afirmou que numa democracia é necessário que haja alternância de poder.