Em um dos embates entre Dilma Rousseff e Marina Silva, no terceiro bloco do debate da Band, o programa Mais Médicos veio à baila.
A produção pediu a Dilma para comentar se achava ético que alguns profissionais cubanos ganhassem menos do que outros profissionais brasileiros, pelo mesmo serviço.
Obviamente, a presidente não respondeu diretamente e passou ao largo, explicando que não havia médicos suficientes no Brasil e que havia a necessidade de importar, de Cuba, via Opas. “Hoje, temos uma cobertura de R$ 50 milhões de brasileiros cobertos”, disse a presidente.
De passagem, criticou os tucanos, pelo fim da CPMF para o setor, com perda de R$ 300 bilhões.
Marina atacou afirmando que Dilma não estava reconhecendo que havia um problema e que isto era ruim. “O mais médico é um paliativo.
Não pode ter discriminação entre as pessoas”, disse a ex-senadora, defendendo que 10% do Orçamento Geral da União (OGU) deveria ser destinado para a área.
Dilma jogou Marina contra a população assistida. “O Mais Médicos não é paliativo.
Quem está doente não acha o programa um paliativo.
Não podemos esperar formar médicos, para atender a saúde”, comentou a presidente.
Pastor Everaldo, do PSC, também fez críticas ao programa, afirmando que o modelo favorecia à “ditadura cubana” ao enviar remessas para o País com o pagamento dos médicos.
A candidata à reeleição do PT defendeu o programa. “Hoje o Brasil olha para toda a América Latina, toda a África e tem boa relação com os BRICS.
Isso vai financiar obras em países em desenvolvimento, fizemos uma variante do FMI, com 100 bilhões, num acordo para assegurar os países da volatilidade internacional.
Ao contrário do passado quando tínhamos 38 bi, hoje temos mais de 300 bilhões de reservas internacionais”, afirmou Dilma.