Foto: divulgação Um dos principais apoiadores de Marina Silva nas eleições em 2010 em Pernambuco, o deputado estadual Daniel Coelho (PSDB), que disputa uma cadeira na Câmara Federal, reiterou nesta quarta-feira (27) o apoio ao tucano Aécio Neves (PSDB) na disputa rumo ao Palácio do Planalto.
Embora tenha iniciado a vida política no Partido Verde (PV), mesma legenda da ex-ministra na época, Coelho deixou a sigla para ingressar no PSDB, em 2011, alegando perseguição.
Este ano, em Pernambuco, apesar da aliança do partido com a Frente Popular, o deputado procurou manter uma postura tida como “independente”.
Quando o candidato do PSB à presidência era Eduardo Campos ele reiterou que apoiaria Aécio.
Com a morte de Campos e o ingresso de Marina pensou-se que ele migraria o apoio e incentivaria a candidatura da antiga aliada.
Mas, em conversa com o Blog, ele reafirmou que fará campanha para o tucano. “Nesse momento Aécio é o candidato mais qualificado”, disse Coelho.
Segundo ele, a torcida é para o apoio dos eleitores de Marina a Aécio no segundo turno. “Os eleitores de Marina e Aécio vão estar unidos para encerrar o ciclo do PT”, observou o deputado.
Apesar de Aécio estar em terceiro lugar na pesquisa Ibope, divulgada nesta terça-feira (26), com 19% das intenções de voto, Daniel avalia que o resultado tem doses de comoção pela perda de Eduardo e pela “novidade Marina”.
Ele acredita que o próximo levantamento apontará uma realidade mais nítida.
Coelho avaliou positivamente a participação dos candidatos no debate da Band, nessa terça-feira (26). “Os ataques foram políticos.
Não foi nada grosseiro”, comentou.
Na opinião de Daniel, o discurso da “nova política” defendido por Marina, semelhante ao posicionamento do ex-companheiro de chapa Eduardo Campos, é mais coerente saindo da boca de Marina, por causa da história de luta dela.
Embora tenha elogiado a antiga correligionária no discurso, Daniel criticou o autoritarismo do grupo ligado à ex-ministra e as dificuldades que ela terá para governar.
Para ele, o maior desafio da candidata é conseguir mostrar que conseguirá ter uma boa atuação administrativa.
Relembrando 2010, Daniel criticou a “cabeça fechada” de algumas pessoas do partido, que às vezes beirava o autoritarismo. “Você não pode governar se fechando, mas buscando o que tem de melhor”, disse.