É o preço da democracia, mas o pior do debate da Band é ser obrigado a ouvir os nanicos.

Como não achar ridículo ouvir Levi Fidélix dizer que a proposta de Banco Central independente era um fetiche e que o objetivo era garantir o rentismo dos bancos.

Na verdade, a autonomia do BC protege o pais de governos populistas, que não cuidam do valor da moeda e deixam a inflação corroer o salário dos mais pobres.

Os ricos e os muitos ricos sempre terão como proteger suas economias.

Quem salvou neste quesito foi o candidato do PV, Eduardo Jorge.

Em dado momento, quando se falava de controle da mídia, simplesmente abriu mão de sua fala, concordando com a Dilma, que nem havia exposto seu raciocínio ainda.

Dilma repetiu que liberdade de imprensa é básico, mas defendeu que deveria haver regulação econômica, sem monopólio.

LEIA TAMBÉM: » Depois de criticar bolsas, tucano agora promete dinheiro na conta dos mais jovens » No debate da Band, Marina tentou livrar-se da fama de ambientalista radical » Dilma evita dizer se vai manter política econômica “Essa história de movimentos sociais é só para ganhar voto. É desnecessário e ocioso”, comentou, na tréplica, ao falar do decreto dos conselhos populares de Dilma.

A certa altura, a candidata do PSOL, passou um recibo e lamuriou-se. “Tô frustrada porque ninguém me perguntou (nada)”, reclamou, no segundo bloco.

Quando teve oportunidade, Genro tentou jogar os gays contra o Pastor Everaldo, no que foi prontamente rebatida. “Nunca tive preconceito.

Não sou responsável por mortes.

Não tenho porque esconder o nome de pastor, que muito me honra”, afirmou, destacando que a educação era o mais importante e que muitas escolas estavam sendo fechadas na área rural.

Como viu que ele não cairia em sua armadilha, desviou os holofotes para Dilma. “Homofobia mata.

A falta de educação é grave.

Dilma faz concessões para os setores mais reacionários, em nome de uma governabilidade péssima para o Brasil”, disse. “Escola pública tem que cuidar de educação”, retrucou o evangélico, sugerindo que não deveria ser objeto de proselitismo de qualquer natureza.

A mesma Luciana Genro tentou atacar Marina ao falar de religião.

No ar, ela disse que Marina estaria presa a certos dogmas e que era preciso respeitar outras religiões, quando se falava de criacionismo nas escolas.

Para ela, deveria-se estar falando de maconha para os jovens de forma aberta e também de aborto, que pode ser feito por quem pode e para quem não pode vai na base da agulha de tricô.

Marina safou-se, evitando o tema aborto e maconha.

Disse que defendia o estado laico e lembrou a Genro que a discussão sobre criacionismo nas escolas não era obrigatório.

Era facultativo, justamente para evitar o direcionamento religioso. “Não se deve fazer qualquer julgamento sem conhecer as pessoas”, recomendou.