Por Jamildo Melo, editor do Blog Sempre respeitando as opiniões discordantes, acredito que um das melhores momentos de Marina no debate da Band, nesta terça-feira, em São Paulo, foi o coice, com classe, que deu nos donos da verdade de sempre.
A candidata do PSOL, Luciana Genro, com sua postura radical, tentava satanizar Marina, afirmando que ela iria receber conselhos do PSDB na área econômica.
O embate se deu no terceiro bloco.
Mais uma vez recorrendo à estratégia traçada lá atrás por Eduardo Campos, Marina frisou, não se sabe se com um erro de português proposital, que era preciso que a sociedade ‘não perda’ essas conquistas. “Elas (as conquistas) não podem ser fulanizadas.
Elas precisam ser acumuladas, houve uma contribuição do PSDB, em manter a política macroeconômica.
Como devemos reconhecer as conquistas sociais do presidente Lula. É um direito reconhecer ganhos alheios.
Não se pode ter complacência com os erros.
Não se pode negligenciar os instrumentos de política econômica.
Quando a inflação volta, quem paga o preço é o trabalhador.
Vamos unir o Brasil, vamos governar com os melhores”, avisou.
Genro insistiu e disse que essa conversa de unir todo mundo vinha com Lula desde 2010 e o resultado (era Dilma) já se viu. “É preciso contrariar interesses e fazer auditoria da dívida pública.
Se tu não tiveres coragem de enfrentar o capital financeiro do PSDB, vamos ter resultados parecidos”, tentou ensinar.
Marina então sapecou, sem dó.
Ela disse que iria governar para unir e condenava a tentativa de separar o Brasil. “A velha política de esquerda, que né a dona da verdade, acha que pode passar por cima das conquistas da sociedade”, disse.
Bingo.
No embate com o PV, no mesmo terceiro bloco, Marina Silva foi cobrada por apresentar ideais concretas, para o eleitorado votar.
Não titubeou na resposta. “nossas ideias são juros baixos, controle da inflação, crescimento e desenvolvimento social”, disse.
Polarização PT e PSDB No começo do terceiro bloco, Aécio e Dilma se pegaram, tendo como mote a mobilidade inicialmente.
Depois, usando a Petrobrás.
Aécio disse que o PT passou 10 anos demonizando as privatizações e, no governo, viu-se obrigado a adotar as concessões. “O tempo perdido não volta mais.
O aprendizado do PT no governo custa caro”, declarou.
O tucano puxou o confronto para a Petrobás, que estaria mais nas páginas de polícia do que de economia.
Dilma rebteu dizendo que, no governo FHC, tudo era engavetado e que agora a PF apurava tudo.
Os dois não conseguem entender que, enquanto brigam, Marina passa ao largo.