Opiniões contrárias sobre descriminalização do aborto.

Foto: AFP A cada eleição temas polêmicos, como legalização da maconha e descriminalização do aborto, voltam a figurar entre as principais perguntas dos debates.

Seja para defender mudanças na legislação ou para colocar os candidatos mais conservadores em saia-justa, o fato é que o questionamento não pode ficar de fora.

Este ano, não foi diferente.

No primeiro debate da Band, na noite desta terça-feira (27), os candidatos Luciana Genro (PSOL) e Eduardo Jorge (PV) demonstraram posicionamentos em defesa da interrupção da gravidez indesejada.

O tucano Aécio Neves, no entanto, defendeu a manutenção da lei atual.

Questionado por Eduardo Jorge, Aécio rebateu defendeu mais informação para as adolescentes de baixa renda. “Acredito que a legislação atual deve ser mantida, mas defendo que haja cada vez mais informação.

O drama de muitas jovens é a ausência de informação e apoio do setor público, é preciso que haja um esforço mais de informação e educação às jovens, mas em relação ao aborto eu prefiro manter a lei como ela está”, defendeu o presidenciável, que aparece em terceiro lugar na pesquisa Ibope com 19% das intenções de voto.

Eduardo Jorge defendeu que a atual lei prejudica a população feminina.

Segundo o médico, a legislação “coloca 800 mil mulheres à própria sorte, procurando clínicas clandestinas e morrendo ou ficando com sequelas”.

No entanto, no Brasil não existem dados oficiais para quantificar a quantidade de abortos clandestinos realizados.

Luciana Genro pontuou a “quebra de tabus” e aproveitou o espaço para criticar Marina Silva ao afirmar que a ex-senadora está presa a dogmas. “Precisamos regulamentar a maconha e o aborto.

Essa é a realidade que precisamos discutir nas escolas”, comentou a candidata.