Estavam reunidos políticos da base aliada da presidente Dilma Rousseff.
Foto: BlogImagem A entrada de Marina Silva (PSB-Rede) no lugar do ex-governador Eduardo Campos (PSB), que faleceu em um trágico acidente aéreo, embaralhou a corrida rumo ao Palácio do Planalto e vem gerando uma mudança de rumo dentro do PT.
Embora não seja assumido oficialmente, o tom vem subindo contra a ex-senadora para defender o legado da petista.
Aliados da presidente e a própria Dilma Rousseff (PT) iniciaram a onda de críticas à nova adversária.
Nesta segunda-feira (25), na inauguração do comitê da petista no Recife, os discursos foram norteados pela defesa do projeto político da presidente Dilma e pelo aumento da ofensiva contra Marina Silva. “Sendo o ex-governador Eduardo Campos, um pernambucano, nós teríamos a votação dividida, porém, nós vamos é com uma mulher que nunca colocou em Pernambuco nem uma pá de tijolo, nem uma pá de cimento.
Ela nada fez por Pernambuco e pelo Brasil apesar de ter sido ministra de Lula durante quase oito anos”, disparou Humberto Costa.
Pesquisas internas do PT apontam o crescimento de Marina Silva.
Nesta terça-feira (26), serão apresentados os resultados da pesquisa Ibope.
No último domingo, Dilma afirmou que Marina não tinha experiência administrativa, em resposta à crítica da ex-senadora que afirmou que o Brasil não precisava de mais uma “gerente”. » Marília Arraes diz que voto não pode ser uma homenagem a Eduardo Sempre reforçando a tecla que a campanha este ano será “dura” e pedindo o empenho da militância para defender o legado do partido, as especulações em torno da compra do avião Cessna, que caiu em Santos, também entraram na trajetória das falas.
A presidente estadual do PT, Teresa Leitão, cobrou explicações sobre a compra do avião. “Nós não vamos permitir que o nosso partido seja alvo de especulações, de indiretas, por um avião que não dirigiu.
Vamos exigir que as perguntas sem respostas sejam respondidas.
Quem comprou esse avião deve pagar a indenização e dar a todo mundo que foi atingido por ele”, afirmou Teresa, que também fez críticas ao uso da comoção em torno da morte de Eduardo para fins eleitorais. “Aqui está gente que sabe a diferença de uma comoção passageira e de uma paixão verdadeira”, disse a deputada.
O senador Humberto Costa, coordenador da campanha da presidente em Pernambuco, afirmou que o partido está ciente do crescimento de Marina, mas explica que, por enquanto, não há mudança de estratégia, pautada em uma campanha propositiva. “Nós temos que ter tranquilidade para esperar essa poeira assentar”, contou Costa. “Vamos mostrar os avanços do governo Dilma, mostrar o que é o Brasil e o que era o Brasil hoje”, contou.