Foto: Agência Brasil Por Marcela Balbino, repórter do Blog Embora combata, no discurso, a construção das alianças com o PT e o PSDB, a ex-senadora Marina Silva (PSB/Rede) já fez acenos que o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) não será uma barreira para a governabilidade dela, caso seja eleita.
No último sábado, durante uma caminhada no Recife, Marina afirmou que “mesmo em palanques diferentes, se quem vencer for o José Serra, eu tenho certeza que ele não irá nos faltar”.
Em São Paulo, o tucano disputa uma vaga de senador contra Eduardo Suplicy (PT).
Porém, as estratégias políticas entre Marina e José Serra remontam a períodos anteriores na política brasileira.
Na época em que era senadora pelo PT, na década de 90, a candidata recorreu ao tucano para aprovar um projeto que ajudasse os produtores de borracha.
O ano era 1996, em pleno governo de Fernando Henrique Cardoso, quando Marina propôs a criação de um subsídio aumentando o valor pela venda do látex.
Por ser petista, a senadora imaginou que enfrentaria resistência para aprovar o projeto, então recorreu ao colega de Senado José Serra para garantir que o projeto passaria.
Eles conseguiram a maioria e conseguiram a criação do Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Extrativismo (Prodex).
Marina assumiu a campanha presidencial após a morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos no último dia 13.
Ela foi contra a aliança do PSB com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), em São Paulo.
No dia do acidente aéreo que vitimou Eduardo e outras sete pessoas, Marina não embarcou no avião por se recusar a ir a uma agenda de campanha promovida pelo deputado federal Márcio França (PSB), que é vice de Alckmin.
Para a senadora, as alianças do PSB com os tucanos em São Paulo, Paraná e Minas Gerais e com o PT no Rio de Janeiro não deviam ter sido feitas por desconstruir o discurso da “nova política”, adotada na campanha presidencial.