Foto: Reprodução De acordo com matéria publicada pelo jornal O Globo na manhã desta sexta-feira (22), o avião que caiu em Santos no dia 13/08 matando o candidato Eduardo Campos e outras seis pessoas não poderia ter sido usado pela campanha do PSB.
O jornal ouviu autoridades da Justiça Eleitoral que apontam irregularidades no uso do jatinho Cessna.
O registro do avião na Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) está em nome da AF Andrade, um grupo de usineiros de Ribeirão Preto-SP.
Seguindo a resolução 23.406 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), uma empresa só pode doar a uma campanha produtos ou serviços que tenham ligação com suas atividades.
Não há registros de que a AF Andrade atue como empresa de táxi aéreo e os gastos com o avião não foram incluídos na primeira prestação de contas do PSB ao TSE.
A norma do TSE tem como objetivo impedir a “transgressão” de doações para campanhas.
Eduardo Campos e a vice de sua chapa, Marina Silva (PSB/REDE), vinham usando o jatinho desde o período de pré-campanha.
O PSB ainda não se pronunciou sobre o caso.
A AF Andrade afirma que a aeronave era oficialmente da Cessna e estava arrendado para a empresa, compradora numa operação de leasing.
Segundo informou o advogado da AF Andrade, Ricardo Tepedino, o preço do jatinho era de cerca de 19 milhões de reais.
Tepedino ainda informou que, antes do acidente, o avião foi negociado com Apolo Santana Vieira e João Carlos Lyra, empresários pernambucanos que chegaram a pagar parte do valor.
Porém, até o dia do acidente a transferência para os novos donos ainda não havia sido aprovada.
Leia também: Folha de São Paulo diz que presidente da Copergás intermediou compra do avião em que Eduardo Campos morreu Em Pernambuco, empresa de importação de Pneus diz que ia comprar avião da Cessna, mas cadastro nao foi aprovado Uso do avião de Eduado começa a se escrutinado, conforme pediu Rochinha, do PT A ANAC confirmou nessa quinta-feira (21) recebeu da Cessna e da AF Andrade documentos que estão sendo analisados.
Estes documentos também foram repassados à Polícia Federal para serem usados na investigação.
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