Por Jamildo Melo, editor do Blog Citados pelo jornal Folha de São Paulo como envolvidos na compra do avião que matou Eduardo Camopos, o presidente da Copergás, Aldo Guedes, e o empresário pernambucano João Carlos Lyra Pessoa de Mello Júnior divulgaram notas, nesta tarde, negando participação ou parte das informações levadas a público.

Mesmo nos bastidores, os socialistas evitam falar do assunto, de forma oficial, alegando que receberam o avião de boa fé e nada podem explicar sobre se venda houve ou não.

Aldo Guedes não esconde de ninguém que conhece os empresários, afinal também ele é empresário, mas nada tem a ver com a compra.

Caso essa relação pudesse ser estabelecida pelo jornal ou quem quer que fosse, de forma oficial, o governo do Estado estaria entrando diretamente na linha de frente da crise.

Normalmente, o dono do avião é que coloca os pilotos, afinal são eles que vão cuidar do equipamento do proprietário.

Veja a nota de Guedes abaixo.

Caro Jamildo, Seu blog reproduziu matéria que a Folha publicou em sua edição de hoje, página A10, matéria (“Policia apura fraude…”) que contém afirmações incorretas.

Ao contrário do que é dito na reportagem, jamais intermediei compra ou venda de qualquer avião, muito menos tive qualquer participação na contratação dos pilotos citados no texto.

Grato pela atenção, Aldo Guedes (presidente da Copergás) Veja abaixo a nota divulgada por João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho. “O empresário pernambucano João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho informa que nunca esteve envolvido com lavagem de dinheiro.

Ele disse que, em 2009, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), do Governo Federal, abriu um processo administrativo contra a financeira de sua propriedade porque a mesma realizou uma operação financeira, pagou os impostos exigidos, mas não informou da mesma ao COAF.

Ele destacou que esta foi a primeira e única vez que foi multado pela COAF, que o processo permaneceu na área administrativa e que o caso foi encerrado no mesmo ano de 2009”, informou em nota oficial encaminhada ao blog ainda há pouco.

Entenda a polêmica Mais de uma semana depois do acidente que matou o candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos, além de outras seis pessoas, ainda não informações seguras o bastante sobre a propriedade do avião.

Sem essa informação, os moradores da área do desastre que tiveram prejuízos por conta da queda da aeronave não podem acionar a Justiça.

Pelo Código Brasileiro de Aviação, a responsabilidade pelos danos é de quem tem a posse da aeronave.

De acordo com um registro na Agência Nacional de Avião Civil (Anac), a empresa AF Andrade Empreendimentos e Participações Ltda, de Ribeirão Preto (SP), havia comprado o avião por um arrendamento operacional, que é um leasing, uma espécie de financiamento.

Após o desastre, a empresa AF Andrade enviou para a Anac um documento informando que tinha repassado o avião para João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, em maio deste ano, período em que o jato passou a ser usada na campanha de Eduardo Campos.

O mesmo documento explicaria que as empresas BR Par Participações e Bandeirantes Pneus, de Apolo Santana Vieira, se apresentaram para assumir o financiamento junto à Cessna, a fabricante do aeronave.

Em nota, a Bandeirantes Pneus disse ao Blog de Jamildo, nesta quinta, que teve interesse na compra da aeronave, mas que não realizou a operação.

Em São Paulo, o advogado da AF Andrade disse aos jornais do Sul que vai provar, nos inquéritos, que a aeronave já tinha novos donos. “O que causa estranheza é que ainda não pediram documentos.

Eu já disponibilizei esses documentos, já entrei em contato com a Polícia Federal no inquérito que foi instaurado e estou a disposição das autoridades para entregar os documentos”, afirma Celso Vilardi, advogado da empresa.

Para a Anac, o avião continuava sendo da AF Andrade, já que o processo de transferência do leasing ainda não havia terminado quando o jato caiu.

Veja abaixo o que já informou o Blog de Jamildo.

Leia também: Folha de São Paulo diz que presidente da Copergás intermediou compra do avião em que Eduardo Campos morreu Em Pernambuco, empresa de importação de Pneus diz que ia comprar avião da Cessna, mas cadastro nao foi aprovado Uso do avião de Eduado começa a se escrutinado, conforme pediu Rochinha, do PT Ministério Público Federal pede informações sobre acidente aéreo com Eduardo Campos Antônio Campos, irmão de Eduardo, comemora entrada do MPF nas investigações sobre a queda do avião Rochinha do PT lança dúvidas sobre propriedade de aeronave do acidente com Campos