Foto: Alexandre Albuquerque/PTB Por Paulo Veras, repórter do Blog.

Com informações de Mariana Araújo, do Jornal do Commercio.

Em uma plenária ocorrida numa casa de recepções em Apipucos, na Zona Norte do Recife, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) afirmou que os adversários do PSB estão inseguros do resultado das eleições marcadas para o dia 5 de outubro e por isso querem proibir a veiculação de imagens do ex-governador Eduardo Campos, falecido no último dia 13, no horário eleitoral petebista. “Fizemos uma homenagem à memória do ex-governador.

E eu quero dizer a vocês que nessas horas existem duas posições que são reveladoras de insegurança.

A primeira é daqueles que acham que não se pode elogiar adversário, sobretudo nessas circunstâncias.

Podemos sim elogiar adversários.

Nessas circunstâncias.

Os caminhos da política muitas vezes convergem e divergem.

Isso não significa dizer que nós estamos nos afatando um milimetro das nossas crenças”, afirmou o senador. “Mas existe uma posição que é mais reveladora de insegurança ainda.

São aqueles que querem achar que o legado de um homem público é propriedade de um grupo, de uma família, ou de uma facção.

O legado de um homem público é um patrimônio coletivo. É algo que pertence a todos e não pode ser apropriado por um único grupo, por um partido ou por uma facção”, completou o petebista.

Antes do acidente que o vitimou, o próprio Eduardo Campos havia pedido que Armando não usasse sua imagem no guia.

Após a morte, a família entrou na Justiça Eleitoral para proibir o uso.

O petebista chegou a levar imagens ao lado do ex-governador para o guia, mas teve que alterar.

A última decisão dada pelo Pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) autorizou o uso das imagens.

O ato ocorrido na noite dessa quinta-feira (21) foi marcado por diversas críticas ao PSB.

Num dado momento, Armando fez referência a denúncia do deputado federal José Augusto Maia (PROS) de que teria recebido proposta de propina para que o partido apoiasse o ex-secretário da Fazenda Paulo Câmara (PSB). “Tiraram partidos que já haviam fechado com a nossa coligação a peso de ouro.

E vocês sabem do que é que eu estou falando”, disse o senador.

ALIADOS - As críticas de Armando também foram endossadas por outras lideranças da coligação.

Candidato a vice, o deputado federal Paulo Rubem (PDT) disse que os pernambucanos não podem levar para casa um filme chamado O Ilusionista, em referência ao voto em Câmara. “Nós não estamos escolhendo aqui mudar o dono de uma capitania hereditária.

Nós não estamos escolhendo aqui mudar de pai para filho um latifúndio.

Nós estamos escolhendo aqui quem vai ser o futuro de Pernambuco”, subiu o tom.

Já o senador Humberto Costa (PT) atacou duramente a ex-senadora Marina Silva, que assume a campanha presidencial do PSB após a morte de Eduardo. “Os nossos adversários vêm agora com essa conversa mole de que Marina é o nome para mudar, é o nome para transformar.

Eu conheço.

Ali representa o autoritarismo.

Ali representa uma visão atrasada.

Ali representa uma visão que não quer progresso, nem desenvolvimento”, disse.

A presidente do PT em Pernambuco, a deputada estadual Teresa Leitão, denunciou uma reunião que teria sido convocada pela coligação adversária para que as primeiras-damas dissessem nas cidades que o programa Minha Casa, Minha Vida não é uma ação do governo federal.

Ela também disparou contra Paulo Câmara. “O nosso adversário.

Tiraram até o nome dele.

O rapaz não tem mais nome. É Paulo 40.

O que é isso, minha gente?

Como é que a gente pode chamar desse jeito alguém que se predispõe a ser governador do Estado”, afirmou.