O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, afirmou, nesta sexta-feira (22/8), no Rio de Janeiro, que vai estimular a qualificação dos beneficiários do Bolsa Família.
A renda adicional atenderá às famílias com filhos com desempenho escolar acima da média ou cujo chefe de família ingressar em cursos profissionalizantes, por exemplo. “Vamos estimular essas pessoas a se qualificarem.
Vamos ser proativos nisso, porque o governo do PT se contenta com a administração da pobreza.
Eu quero trabalhar para a superação da pobreza”, ressaltou Aécio.
O candidato à Presidência também reafirmou o compromisso de criar o Família Brasileira, programa que, além de garantir o pagamento do Bolsa Família, buscará por fim a necessidades básicas de famílias de baixa renda, como a ausência de saneamento, atendimento em saúde e acompanhamento social.
O acesso a esses serviços classificará as famílias em cinco níveis de situação de pobreza, nos quais o nível cinco significa as maiores privações.
O governo trabalhará para que as famílias subam de nível anualmente, eliminando gradativamente suas dificuldades. “Vamos ter um questionário que (os beneficiários) vão responder objetivamente.
Vamos definir ali de 20 a 30 carências especificas.
Tem banheiro em casa?
Tem um membro da família no sistema prisional, um menor infrator na família?
Adultos sem qualificação para o mercado do trabalho, uma pessoa com deficiência, uma jovem adolescente grávida sem pré-natal?
Carências objetivas.
O Bolsa Família, as pessoas continuam recebendo, mas vamos ter outras ações.
Não vamos aceitar passivamente que [O GOVERNO], dando o cartão do Bolsa Família, coloque na sua estatística que essa pessoa não é mais carente”, disse Aécio.
Aécio reiterou ainda a decisão de transformar o Bolsa Família numa política de Estado. “O programa vai continuar e vou transformá-lo em política de Estado para acabar com esse terrorismo eleitoral perverso que o PT faz não contra nós, faz contra o beneficiário do Bolsa Família, que fica assustado em toda a véspera de eleição”, afirmou.
Economia Aécio destacou a necessidade da retomada do crescimento econômico para a geração de emprego. “País que não cresce não gera emprego. É uma falácia o governo dizer que temos pleno emprego no Brasil, não é verdade.
A sinalização para o futuro é extremamente preocupante.
A indústria vive talvez uma das maiores crises das últimas décadas, desempregando, e as expectativas de geração de emprego para o futuro são decepcionantes”, ressaltou ele quando perguntado sobre o mercado de trabalho. “Temos que restabelecer a confiança no Brasil, com uma politica econômica clara, com previsibilidade, politica fiscal transparente, sem esse intervencionismo absurdo que se transformou na principal marca desse governo”, acrescentou.
O candidato lembrou que seu governo terá como meta elevar a taxa de investimento da economia, que hoje está em torno de 18% a 19%, para cerca de 24% até o final do seu mandato. “Só isso vai permitir a recuperação do emprego e cada vez empregos de melhor qualidade.
O Brasil não pode se contentar em ser o país do pleno emprego de dois salários mínimos e nem isso estamos sendo hoje.”