Foto: divulgação A ex-senadora Marina Silva e o seu grupo político dentro do PSB, oriundo do que seria a Rede Sustentabilidade, possui resistência a ala anti-petista da legenda.

O setor socialista, representado pelo deputado federal Márcio França, articulou as alianças da sigla com o PSDB em São Paulo e no Paraná, sob forte resistência de Marina.

Em Minas Gerais, onde o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, falecido no último dia 13, tinha feito um acordo para apoiar o candidato do senador Aécio Neves (PSDB), o grupo de Marina fez com que o PSB lançasse o ex-prefeito de Juiz de Fora Tarcísio Delgado como candidato ao governo.

Quando assumiu o mandato presidencial no lugar de Eduardo, a ex-senadora acriana impôs a condição de que não subiria nos palanques de Geraldo Alckmin em São Paulo e de Beto Richa no Paraná.

A falta de apoio nos estados, porém, pode ser um complicador para a disputa presidencial.

Mesmo com Campos, o PSB já tinha menos estrutura de campanha que o PT e o PSDB.

Com a entrada de Marina na disputa, o PSL já decidiu deixar a coligação.

Nesta quinta-feira (21), o secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, deixou a coordenação-geral da campanha acusando a ex-senadora de ser grosseira.

Marina, que escalou um aliado pessoal para o posto, classificou a crise como um mal entendido.

Além da ala mais próxima dos tucanos, existe um grupo no PSB que tem preferência pelo PT, do qual o principal expoente é o presidente interino do partido, Roberto Amaral, que foi ministro do ex-presidente Lula.

Chegou-se a ventilar uma articulação dele para que o partido apoiasse oficialmente o PT, mas Amaral disser ser coisa de idiotas.