Foto: Agência Brasil Responsável pela coordenação-geral da campanha presidencial do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), o secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, confirmou ao jornal Folha de S.
Paulo que não participará “em hipótese alguma” da campanha da ex-senadora Marina Silva, que substituiu o pernambucano após o acidente aéreo que o vitimou no dia 13.
Para Siqueira, Marina foi grosseira e que ela está cortada de suas relações pessoais.
Leia também: Marina diz que problema com aliado de Eduardo foi mal entendido “Pela maneira grosseira como ela me tratou.
Eu havia anunciado que minha função estava encerrada com a morte do meu amigo Na reunião, ela foi muito deselegante comigo.
Eu disse que não aceitaria aquilo e afirmei: ‘a senhora está cortada das minhas relações pessoais’”, disse Siqueira ao jornal paulista.
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Marina não perdeu tempo e indicou ainda nessa quarta-feira (20), o deputado federal Walter Feldman, um aliado, para o posto de Siqueira.
A mudança nas coordenações da campanha teria causado desconforto no PSB.
Siqueira considera que Marina foi grosseira (Foto: Divulgação) A ex-senadora acriana ingressou no PSB em outubro do ano passado, depois de ter o registro do seu partido, a Rede Sustentabilidade, negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na época, o fato de ela assumir a vice na chapa presidencial foi visto como uma possibilidade de turbinar a campanha de Eduardo Campos.
Desde que o ex-governador faleceu na queda do avião de campanha na cidade de Santos, no litoral de São Paulo, Marina virou a única opção viável do partido para disputar o Planalto.
Para vice, o PSB indicou o deputado federal Beto Albuquerque, socialista histórico que foi braço direito de Campos.
Marina, porém, já possuía resistências no partido por ter se negado a referendar algumas alianças estaduais da sigla e afastar de Eduardo o apoio do agronegócio.
Oficializada candidata, ela se negou a subir em palanques aos quais não apoie.