Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR Por Sheila Borges.

Da coluna Pinga-fogo, do Jornal do Commercio desta quinta-feira (21).

O PSB está dividido O prefeito do Recife, Geraldo Julio, chamou para si a responsabilidade de manter o representante de Pernambuco na chapa majoritária nacional do PSB.

Quando Renata Campos, viúva de Eduardo Campos, declinou do convite feito pela cúpula nacional para ocupar a vaga de vice da agora presidenciável Marina Silva, o prefeito entrou no circuito para apadrinhar o nome de Danilo Cabral.

Foi vencido pelos critérios que ungiram a indicação de Beto Albuquerque.

Entre eles, a inserção nacional, o que Danilo, mesmo sendo federal, ainda não tem.

O fato de ser do PSB estadual não foi primordial.

Esse movimento feito por Geraldo Julio desagradou uma ala expressiva do PSB, uma vez que defendeu Danilo sem considerar o apoio que a mãe de Eduardo, Ana Arraes, e o irmão dele, Antônio Campos, já tinha dado a Albuquerque.

O episódio aumentou a insatisfação que setores do PSB externam com as posturas de Geraldo desde que ele assumiu, ainda com Eduardo vivo, a coordenação da campanha do candidato a governador da Frente Popular, Paulo Câmara.

O prefeito é criticado por tomar decisões sem dialogar com os diversos grupos.

Até agora, por exemplo, teria privilegiado a campanha no Recife, onde quer bater os adversários para mostrar sua força.

Também criticam Geraldo por ele ter desempenhado o papel de porta-voz da família Campos durante os dias que sucederam o trágico acidente que vitimou Eduardo.

Aquele papel deveria ter sido dado a Paulo Câmara, que continua sendo um tímido coadjuvante no PSB.

Pelo visto, falta jogo de cintura a Geraldo Julio.

Para assumir a condição de líder ele precisa ser reconhecido como tal.