Por Jamildo Melo e Fernando Castilho, da Coluna JC Negócios, especial para o Blog de Jamildo O nome do vice de Marina é Beto Albuquerque.

O nome seria anunciado oficialmente nesta quarta-feira, pela manhã, em Brasília, em evento da Executiva Nacional do PSB, convocado ainda no domingo, no dia do velório e enterro de Eduardo Campos.

Acabou sendo antecipado para hoje, no Recife, em deferência a Eduardo, cuja missa de sétimo dia realiza-se esta noite.

Quais as razões para a sua escolha?

Elas são sentimentais, mas sobretudo pragmáticas.

Beto Albuquerque era vice-presidente do PSB e um dos três homens que formavam o tripé de confiança de Eduardo Campos.

Os outros dois eram Márcio França e Roberto Rollemberg.

O primeiro é candidato a vice na chapa de Geraldo Alckmin, com boas chances de vitória, já que o tucano está liderando as pesquisas.

Rollemberg é candidato a governador no Distrito Federal, com boas chances de ir ao segundo turno com o petista Agnelo Queiroz, considerando que o candidato do PR, Roberto Arruda, impugnado, deve ser retirado da disputa pela Justiça Eleitoral.

Outro motivo que tira o senador das especulações é o fato da candidatura bem ser uma das prioridades de Eduardo.

A capital do Brasil tinha um gosto especial para Campos, pois foi lá que ele viveu durante 12 anos e exerceu três mandatos como deputado federal.

Já o deputado federal gaúcho Beto Albuquerque é candidato ao Senado, com 10% das intenções de voto.

Com a sua oficialização, o jogo político no Estado do Rio Grande do Sul será alterado.

A sua retirada da disputa gaúcha, assim, seria plenamente justificada, em função de uma disputa maior.

Ele também tem uma boa relação com Marina, ao contrário de Roberto Amaral.

Quando Eduardo Campos morreu, ele foi o único que Marina Silva recebeu em São Paulo.

Também pesa a favor de Beto Albuquerque o tempo de militância dentro do PSB.

Ele filiou-se nos anos 80 e concorda sem restrições aos posicionamentos de Eduardo Campos. “Se dependesse do Roberto Amaral, ele venderia o partido ao PT”, conta uma fonte socialista, para dar uma ideia da aflição com os destinos do partido na mão do ex-ministro de Lula.

Inelegível, Renata Campos fecha com Beto Albuquerque para vice de Marina Silva “Renata não pode, não deve, nem quer”, diz um aliado de Eduardo Campos.

Poucos lembram, mas foi o deputado Beto Albuquerque que escreveu e fez a resposta à nota publicada no perfil do PT, no Facebook, dizendo que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), não tinha credibilidade política e se referindo ao socialista como playboy mimado pelo “lulo-petismo”, Na época, o líder do PSB na Câmara dos Deputados, rebateu às críticas classificando-as como “covardes e despolitizadas”.

PT publica no Facebook texto sem autoria dizendo que Eduardo Campos vendeu a alma´ e não tem compostura política´ PSB rebate nota do PT afirmando que foi ataque covarde´ e despolitizado´