Mensagem de Renata estava no livreto entregue aos fiéis.
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem Lugar onde comemorou as duas vitórias para governador de Pernambuco, em 2006 e 2010, e as principais conquistas, tanto na vida pessoal quanto na política, a Igreja Matriz de Casa Forte, no bairro de mesmo nome, na Zona Norte do Recife, foi palco nesta terça-feira (19) da celebração da missa de sétimo dia do ex-governador Eduardo Campos (PSB), que faleceu na última quarta-feira (13) em um trágico acidente aéreo com outros seis assessores.
Lotado de fiéis, admiradores, correligionários e familiares do socialista, o templo católico ficou pequeno para quantidade de pessoas.
Logo na primeira fila estava a viúva Renata Campos com o filho caçula de sete meses, Miguel, nos braços.
Ao lado da ex-primeira-dama estavam os outros quatro filhos e a sogra Ana Arraes, ministra do Tribunal de Contas da União.
O advogado Antônio Campos, irmão do ex-governador, estava na segunda fileira.
Vestidos de branco, a mulher e os filhos de Campos acompanharam toda a celebração de forma firme e serena.
A mãe, porém, estava bastante abatida, ela cantou alguns cânticos, contudo pela sua expressão parecia distante dali.
Os quatro filhos do ex-governador - Maria Eduarda, João, Pedro e José - leram mensagens durante a liturgia.
Um livreto com a imagem de Eduardo na capa e a mensagem “Não vamos desistir do Brasil” estava sendo entregue na entrada da igreja.
No interior da publicação, havia mensagens dos filhos intercaladas com citações bíblicas e na última página a mensagem dita ontem por Renata. “Pode parecer que nosso maior guerreiro não está na luta, mas seus sonhos estarão sempre vivos em nós.
Fica tranquilo, Dudu, teremos a sua coragem para mudar o Brasil”.
A homilia, proferida pelo padre José Edvaldo Gomes, também teve cunho político.
Ao longo do sermão, o pároco falou sobre as qualidades de um bom político, em referência a Eduardo.
Livreto entregue na missa.
Foto: Mariana Dantas/BlogImagem “Era bom que os políticos que não têm amor à pátria desistissem [da política].
Estamos cansados de maus políticos”, disse o religioso. “Façam o desejo de Eduardo afastando da política os que não prestam”, emendou. “Lembrem-se, não adianta falar dos maus políticos, falar dos seus defeitos.
O que adiante é afastar da Assembleia, da Câmara, do Senado aqueles que não prestam.
O Brasil é nosso”, defendeu o padre.