Veja trecho da coluna Manejando-se apenas percentagens vai-se a lugar nenhum.
Falta saber o que Marina proporá para transformar preferências em votos.
No primeiro turno de 2010 ela teve cerca de 20 milhões de votos (19,33%).
Até agora, o programa de sua chapa foi ralo e confuso.
Fala em “eixos programáticos”, “brasileiros socialistas e sustentabilistas”, “borda de desfavorecidos”, “democracia de alta intensidade”, em “ampliar a dimensão dos controles ex post frente à primazia dos controles ex ante”.
Propõe plebiscitos e “um novo Estado”.
Isso pode dar em qualquer coisa.
Com dois minutos no programa eleitoral gratuito contra 11 de Dilma e quatro de Aécio Neves, só as redes sociais e a internet poderão socorrê-la.
Tomara que isso aconteça e que ela ponha carne no feijão.
A ideia de uma candidata a líder espiritual reconforta o eleitor desencantado com a polaridade PSDB-PT, com seus mensalões mineiro e federal.
Para o primeiro turno isso é um bálsamo.
Para o segundo, uma aventura.