Foto: divulgação Um dos nomes ventilados como possível vice de uma chapa encabeçada pela ex-senadora Marina Silva na corrida pela Presidência da República, o deputado federal Roberto Freire, presidente nacional do PPS, defendeu que a ambientalista assuma o posto do ex-governador Eduardo Campos (PSB), falecido nessa quarta-feira (13), na disputa presidencial.
Freire também negou estar interessado na vaga de vice em entrevista à Rádio JC News, do Recife, nesta sexta-feira (15). “Eu tenho recebido especulações nesse sentido e digo que não passou pela minha cabeça.
Não tenho esse interesse.
Porque, principalmente, acho qualquer coisa que venha trazer mais um complicador a um encaminhamento mais tranquilo, nós não devemos fazer”, afirmou.
Ouça a íntegra da entrevista.
Campos faleceu em um acidente aéreo na cidade de Santos, no litoral de São Paulo, quando ia para uma agenda de campanha.
O PSB ainda não definiu se ainda terá candidato ao Planalto e quem será.
A legislação eleitoral dá prazo de dez dias para fazer a substituição.
LEIA TAMBÉM: » Restos mortais de Eduardo Campos e assessores podem chegar ao Recife neste sábado » Sepultamento de Eduardo Campos pode ocorrer apenas no domingo » Missa de corpo presente de Eduardo será na Praça da República » Eduardo Campos será sepultado no mesmo túmulo do avô Miguel Arraes » Morte trágica torna Eduardo Campos um ícone da política nacional Vice da coligação, Marina é o nome mais cotado por ser a única grande liderança nacional hoje filiada ao partido.
Ela encontra resistência em diversas alas do PSB por ter se oposto a algumas alianças estaduais da legenda. “Nós temos uma vice-presidente que pode responder, quase que de forma natural, a um programa ao qual ela estava integrada.
Aqui e acolá pode ter alguma divergência”, defendeu Freire. “Ela vai ter que representar, em grande parte, o que Eduardo Vinha fazendo para manter a unidade”, falou.
Marina se filiou ao PSB em setembro do ano passado, depois de ter o registro do seu partido, a Rede Sustentabilidade, negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A ideia é que ela deixe a legenda assim que conseguir fundar a legenda.
Veja imagens da campanha presidencial de Eduardo Campos (Fotos: divulgação/PSB): “Nós não estamos nos reunindo para decidir quem vai ser o nosso candidato.
Nós já tínhamos feito isso lá atrás.
O nosso candidato era Eduardo.
O que resta agora para nós é mantermos essa unidade e saber quem melhor pode dar continuidade a esse projeto que Eduardo estava representando para o País”, argumentou.
Freire reconheceu que as alianças estaduais podem ser um problema.
Marina foi contra as alianças com o PSDB em São Paulo, Minas Gerais e Paraná, e contra o PT no Rio de Janeiro. “Temos que ter a dimensão exata de como enfrentar essa dificuldade”, avaliou.
VICE - Apesar de defender abertamente o nome de Marina, Roberto Freire negou interesse na vaga de vice porque disse que nesse momento é preciso trabalhar para superar possíveis obstáculos causados pela troca de candidatos. “Se ficar com muita exigência a gente pode criar problema com uma coisa que, apesar de ser importante, nesse momento, não é o principal”, disse Freire.
SEPULTAMENTO - Os restos mortais de Eduardo Campos e dos assessores que estavam com ele no avião podem chegar ao Recife neste sábado (16).
O Governo de Pernambuco trabalha com a possibilidade de fazer o enterro do ex-governador no domingo (17).
A confirmação do cronograma depende da liberação dos corpos pelo Instituto de Medicina Legal (IML) de São Paulo, que trabalha na identificação das vítimas.
Até a manhã desta sexta, essa identificação ainda não havia ocorrido.
Até o momento, a única definição é que os restos mortais de Campos serão velados no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo do Estado.
O ex-governador será enterrado no Cemitério de Santo Amaro, no centro da capital pernambucana, no mesmo túmulo onde está sepultado o avô dele, Miguel Arraes.