Morte embaralha disputa, avalia ‘New York Times’ Na Folha de São Paulo O jornal americano “The New York Times” afirma nesta quinta-feira (14), em sua versão impressa, que o acidente que matou o candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB) “embaralha uma disputa cada vez mais competitiva” na maior democracia latino-americana e pode ajudar a candidatura de Marina Silva a conseguir apoio. “O acidente muda abruptamente a dinâmica da disputa, na qual a presidente Dilma Rousseff busca a reeleição durante uma recessão econômica”, diz o texto.

Segundo o “NYT”, Dilma e o seu principal adversário, Aécio Neves, agora devem disputar o apoio dos eleitores de Campos. “Rousseff continua bem à frente de Neves nas pesquisas, apesar de uma vitória no primeiro turno, em outubro, parecer cada vez mais improvável”, diz o jornal.

O “NYT” diz ainda que um provável segundo turno tem tudo para ser “fortemente disputado”. “Mas o acidente pode ajudar a obter apoio para a companheira de chapa de Campos, Marina Silva, se o partido dele permitir que ela concorra em seu lugar”, diz o jornal, destacando que Marina, uma “ambientalista e crítica declarada ao governo de Dilma”, terminou em 3º lugar, com 19% dos votos, em 2010.

O texto diz que Campos se apresentava como esquerdista, mas era conservador em outros temas –opunha-se à qualquer flexibilização da legislação sobre aborto. “Campos serviu no gabinete de Lula antes de retornar para Pernambuco para impulsionar sua própria candidatura à Presidência…

Orador talentoso, ele prosperava em aparições públicas enquanto se concentrava nas minúcias de acordos políticos necessários para sustentar ambições além de Pernambuco.”